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Privatização do Anhembi faz Fórmula E cancelar corrida de SP

De acordo com os organizadores da corrida, o cancelamento foi pedido pela própria Prefeitura por causa da privatização do Complexo do Anhembi

Anhembi: etapa de São Paulo seria a sexta da temporada da Fórmula E (Anhembi Parque/Facebook/Divulgação)

Anhembi: etapa de São Paulo seria a sexta da temporada da Fórmula E (Anhembi Parque/Facebook/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de novembro de 2017 às 14h33.

Última atualização em 14 de dezembro de 2018 às 19h29.

São Paulo - A organização da Fórmula E confirmou nesta quinta-feira que cancelou a etapa que realizaria em São Paulo, no dia 17 de março de 2018.

Seria a sexta prova da temporada, que terá início já no próximo fim de semana.

De acordo com os organizadores, o cancelamento foi pedido pela própria Prefeitura por causa da privatização do Complexo do Anhembi, local por onde passaria o circuito de rua que seria montado para a prova.

Pelas previsões iniciais, o processo de privatização do local seria finalizado até o fim deste ano, o que facilitaria a preparação do traçado para a corrida marcada para março.

Mas, diante do impasse na tramitação do projeto na Câmara de Vereadores, Prefeitura e a organização da Fórmula E chegaram à decisão de adiar a estreia da etapa paulista para a temporada seguinte.

"As autoridades da cidade de São Paulo nos pediram para adiar a corrida para a temporada cinco, por causa do processo de privatização do Anhembi. Correr no centro das cidades sempre apresenta desafios e, como este processo está levando mais tempo do que o previsto, decidimos, em acordo com a Prefeitura, deixar as negociações em espera, até que o processo de privatização seja completado", informou porta-voz da F-E.

Segundo a organização, a cidade ainda deverá demonstrar interesse para ser efetivada no calendário da temporada que teria início no fim de 2018.

"Enquanto isso, vamos preparar uma solução alternativa para esta temporada que será formalmente apresentada ao Conselho Mundial da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) em Paris, na próxima semana."

Em preparação para o início do novo campeonato, o piloto brasileiro Lucas di Grassi lamentou a decisão.

"O #ePrix de São Paulo foi adiado para a temporada 5 por causa do plano de privatização do Anhembi, onde seria a corrida. Mas a história do Brasil com a Fórmula E está só começando. Novidades positivas virão", declarou, citando a corrida, chamada de ePrix por fazer referência aos motores elétricos da categoria.

Di Grassi, que é o atual campeão da F-E, disse compreender a decisão. "Tenho que admitir, apesar de ser contrário ao desfecho, um excelente trabalho e profissionalismo da Prefeitura na condução da negociação. Um evento em 2019 faz mais sentido para todos, principalmente para a cidade de São Paulo", afirmou o ex-piloto da Fórmula 1.

Um dos motivos do atraso na privatização do Anhembi é a lenta tramitação do projeto do prefeito João Doria na Câmara de Vereadores.

Na semana passada, a proposta, que inclui a venda da empresa municipal São Paulo Turismo (SPTuris), foi dividida em dois projetos de lei distintos e deve ser concretizada só em 2018.

A nova e quarta temporada da Fórmula E terá início no fim de semana. Em Hong Kong, na China, serão disputadas as duas primeiras corridas do campeonato, que previa inicialmente 14 provas.

Agora a categoria, que é vinculada à FIA, vai decidir se terá um substituto para a etapa de São Paulo ou se reduzirá o número de corridas para esta temporada.

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