Primeiro dia de Enem teve problemas localizados
Uso indevido de celular, tumulto na porta de algumas escolas, indicações erradas de local de prova e falhas na seleção de fiscais foram algumas das ocorrências
Da Redação
Publicado em 23 de outubro de 2011 às 08h48.
São Paulo - Após o vazamento da prova em 2009 e o erro de impressão nos cadernos de perguntas e respostas em 2010, a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) transcorreu ontem sem problemas graves no País. Mesmo assim, o primeiro dia foi marcado por ocorrências localizadas: uso indevido de celular, tumulto na porta de algumas escolas, indicações erradas de local de prova e falhas na seleção de fiscais.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão do Ministério da Educação (MEC) responsável pela condução do Enem, expulsou da prova oito candidatos que usaram celular durante a prova, enviando mensagens para o Twitter. Eles estavam em salas de Arari (MA), Foz do Iguaçu (PR), Gauíba (RS), Itararé (SP), Rio de Janeiro (RJ), Sandaduva (RS), Santarém (PA) e Santo André (SP).
Em São Paulo, candidatos reclamaram do trânsito para chegar a alguns locais de prova, o que levou a atrasos e tumultos. No câmpus da Unip da Avenida Hermano Marchetti, na Lapa (zona oeste de São Paulo), a polícia foi chamada pelos funcionários para conter um grupo de estudantes que tentou arrombar a entrada. O mesmo aconteceu na Unisa, em Santo Amaro (zona sul).
Em outros locais de aplicação, houve falta de organização dos fiscais de classe. "Dava pra colar se eu quisesse", diz Ingryd Paiva, de 16 anos, que prestou Enem como treineira.
Professores de cursinho afirmaram que a prova de ontem, de ciências da natureza e ciências humana, foi bem elaborada, mas bastante trabalhosa. Temas da atualidade foram usados como gancho em boa parte das questões.
Uma das questões perguntou sobre a relação das redes sociais com a queda do ditador do Egito, Hosni Mubarak. Em outras duas, o exame utilizou dados do Censo 2010 para traçar uma panorama sobre as religiões no País. O papel dos movimentos sociais e ONGs no cenário político também foram cobrados. A utilização promissora de biocombustíveis, em especial o biodiesel, foram destaque na prova. A gripe A (H1N1), a incidência de malária na América Latina e o vírus HPV também caíram.
"A prova é exaustiva, teve muito texto", diz Henrique Assunção, de 17 anos. Estudante do Colégio Nossa Senhora dos Apóstolos Notre Dame e do cursinho Etapa, ele disputa uma vaga em Medicina na Unifesp.
O uso de temais atuais foi questionado por professores. "Sob o pretexto de contextualizar, o Enem investe em enunciados longos que não servem para nada", afirma o professor de biologia do Anglo, Sezar Sasson. "A questão 48 da prova azul, por exemplo, trouxe um longo enunciado sobre soro antiofídico, quando o importante era saber a importância das hemácias".
Os enunciados longos aparecem também nas questões de física e química. "Foi uma prova equilibrada, misturando textos com perguntas de nível médio e fácil", afirmou Alessandro Nery, do Objetivo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - Após o vazamento da prova em 2009 e o erro de impressão nos cadernos de perguntas e respostas em 2010, a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) transcorreu ontem sem problemas graves no País. Mesmo assim, o primeiro dia foi marcado por ocorrências localizadas: uso indevido de celular, tumulto na porta de algumas escolas, indicações erradas de local de prova e falhas na seleção de fiscais.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão do Ministério da Educação (MEC) responsável pela condução do Enem, expulsou da prova oito candidatos que usaram celular durante a prova, enviando mensagens para o Twitter. Eles estavam em salas de Arari (MA), Foz do Iguaçu (PR), Gauíba (RS), Itararé (SP), Rio de Janeiro (RJ), Sandaduva (RS), Santarém (PA) e Santo André (SP).
Em São Paulo, candidatos reclamaram do trânsito para chegar a alguns locais de prova, o que levou a atrasos e tumultos. No câmpus da Unip da Avenida Hermano Marchetti, na Lapa (zona oeste de São Paulo), a polícia foi chamada pelos funcionários para conter um grupo de estudantes que tentou arrombar a entrada. O mesmo aconteceu na Unisa, em Santo Amaro (zona sul).
Em outros locais de aplicação, houve falta de organização dos fiscais de classe. "Dava pra colar se eu quisesse", diz Ingryd Paiva, de 16 anos, que prestou Enem como treineira.
Professores de cursinho afirmaram que a prova de ontem, de ciências da natureza e ciências humana, foi bem elaborada, mas bastante trabalhosa. Temas da atualidade foram usados como gancho em boa parte das questões.
Uma das questões perguntou sobre a relação das redes sociais com a queda do ditador do Egito, Hosni Mubarak. Em outras duas, o exame utilizou dados do Censo 2010 para traçar uma panorama sobre as religiões no País. O papel dos movimentos sociais e ONGs no cenário político também foram cobrados. A utilização promissora de biocombustíveis, em especial o biodiesel, foram destaque na prova. A gripe A (H1N1), a incidência de malária na América Latina e o vírus HPV também caíram.
"A prova é exaustiva, teve muito texto", diz Henrique Assunção, de 17 anos. Estudante do Colégio Nossa Senhora dos Apóstolos Notre Dame e do cursinho Etapa, ele disputa uma vaga em Medicina na Unifesp.
O uso de temais atuais foi questionado por professores. "Sob o pretexto de contextualizar, o Enem investe em enunciados longos que não servem para nada", afirma o professor de biologia do Anglo, Sezar Sasson. "A questão 48 da prova azul, por exemplo, trouxe um longo enunciado sobre soro antiofídico, quando o importante era saber a importância das hemácias".
Os enunciados longos aparecem também nas questões de física e química. "Foi uma prova equilibrada, misturando textos com perguntas de nível médio e fácil", afirmou Alessandro Nery, do Objetivo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.