Primeiro lote da vacina chinesa Coronavac, com 120 mil doses, desembarca em SP no Aeroporto de Guarulhos (Governo de SP/Divulgação)
Gilson Garrett Jr
Publicado em 19 de novembro de 2020 às 06h00.
Última atualização em 19 de novembro de 2020 às 13h11.
As primeiras 120 mil doses da vacina contra a covid-19, desenvolvida em uma parceria entre o laboratório chinês Sinovac e o Instituto Butantan, chegaram nesta quinta-feira, 18, a São Paulo. O carregamento já desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Este lote é o primeiro de um total de 6 milhões de doses que vão chegar até o fim do ano. Junto com ele, ainda virá matéria-prima para produzir mais 40 milhões de doses, dentro do próprio Butantan. O custo total do contrato é de 90 milhões de dólares.
Apesar da chegada, a produção e a vacinação ainda dependem do resultado dos estudos clínicos - a chama fase 3 - que vão comprovar a eficácia do imunizante. Os resultados são previstos pelo governo de São Paulo para o fim deste ano. Também vai ser necessário o registro da vacina por parte da Anvisa.
Em um estudo revisado por pares publicado na terça-feira, 17, na prestigiada revista The Lancet, foi apontado que a CoronaVac, é segura e foi capaz de criar anticorpos em 97% de 700 voluntários que participaram da fase de testes 1 e 2 na China.
Na mês passado, o Butantan revelou dados preliminares da fase 3 de testes da vacina contra a covid-19. Menos de 35% dos voluntários tiveram algum tipo de efeito colateral, e a maior parte foi apenas de uma dor no local da aplicação.
Apesar de não apresentar efeitos colaterais significativos, ainda não há como afirmar se ela é eficaz para combater a covid-19. Até o momento, 9.000 voluntários já receberam a vacina em sete estados brasileiros. O total de testados será de 13.000 pessoas.
(Com