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PRF registra 167 bloqueios e interdições em estradas em todo o Brasil

Os protestos continuam mesmo após o discurso do presidente Bolsonaro, que pediu para os manifestantes desmobilizar

Bloqueio e interdições na Via Dutra (Agência Estado/Exame)
CC

Carlo Cauti

Publicado em 2 de novembro de 2022 às 08h33.

Última atualização em 2 de novembro de 2022 às 08h45.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) i nformou na manhã desta quarta-feira, 2, que registrou 167 bloqueios e interdições nas rodovias brasileiras.

Segundo a PRF, ainda há ocorrências no Acre, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Paraná, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.

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Santa Catarina, com 37 manifestações, continua sendo o estado com o maior número de bloqueios e interdições. Em São Paulo os protestos diminuíram de oito para três, se concentrando às margens das rodovias federais. A rodovia Regis Bittencourt, que registrou bloqueios e interdições na última terça-feira, com pneus queimados pelos manifestantes, está começando a ser liberada. Segundo o boletim da Polícia Rodoviária Federal, já foram desfeitas 563 aglomerações.

Os manifestantes contestam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas contra o presidente da República e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL). Em alguns casos, há pedidos para a intervenção das Forças Armadas para impedir que o petista assuma a Presidência do Brasil.

Bolsonaro pediu para interromper os protestos

Em discurso pronunciado na última terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro pediu o fim das manifestações, salientando como os métodos de protesto deverão ser outros.

"As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir", declarou o Presidente da República.

Bolsonaro declarou que o fechamento de estradas federais por parte de seus apoiadores é "fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral".

O discurso de Bolsonaro ocorreu dois dias após a confirmação da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Entretanto, chefe do Executivo não reconheceu diretamente ter sido derrotado, mas evitou questionar a vitória do adversário e fazer críticas frontais ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao TSE.

Com Estadão Conteudo

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