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Chuva suspende aulas e coloca Rio em estado de apreensão

Plano de ação foi elaborado por diversos órgãos municipais para tentar evitar o caos da semana passada, quando sete pessoas morreram

Rio de Janeiro: gasto com serviços de manutenção e obras de prevenção contra chuvas caiu a um terço nos últimos dois anos (Mario Tama/Getty Images)

Rio de Janeiro: gasto com serviços de manutenção e obras de prevenção contra chuvas caiu a um terço nos últimos dois anos (Mario Tama/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2019 às 05h47.

Última atualização em 13 de fevereiro de 2019 às 07h05.

O Rio de Janeiro vai parar nesta quarta-feira, 13. Antevendo o caos que fortes chuvas que começaram a cair forte durante a madrugada devem provocar, as aulas das redes municipal e estadual de ensino estão suspensas e há recomendação para que escolas particulares adotem a mesma medida. Já há bolsões d’água em todas as regiões da cidade, e em avenidas importantes, como a Brasil.

Estão nesta situação ruas da Lagoa, Gávea e Laranjeiras, na zona sul; Barra da Tijuca e Itanhangá, na zona oeste; e da Tijuca e São Cristóvão, na zona norte.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou um alerta de condições severas para o estado do Rio desta quarta-feira até sábado (16), devido a áreas de instabilidade na madrugada e manhã de hoje. Na parte da tarde, é esperada a aproximação de uma frente fria combinada com uma baixa pressão próxima à costa do estado.

Com isso, são esperadas chuva intensa, raios e rajadas de vento que podem superar os 80 km/h. A Marinha divulgou um alerta de ressaca das 10h de hoje às 10h de quinta-feira (14). São esperadas ondas de até 2,5 metros no litoral do Rio.

A prefeitura anunciou que vai fechar vias que correm risco de sofrer deslizamento de terra e recomendou à população que utilize transporte público. Também pediu para não colocar lixo nas calçadas até que a tempestade se dissipe. “É uma maneira de a gente evitar tragédias”, afirmou Marcelo Crivella, na terça-feira, 12.

Plano de ação

O plano de ação foi elaborado por diversos órgãos municipais, entre eles, a Defesa Civil, Guarda Municipal, Comlurb, CET-Rio e RioLuz, para tentar evitar o caos da semana passada, quando sete pessoas morreram por causa da chuva e dos ventos fortes. São esperadas, para esta quarta, rajadas de 76 km/h e precipitações de 80 milímetros, de acordo com boletim divulgado pelo Centro de Operações Rio. Para quinta-feira, a previsão é de chuva moderada.

Segundo o plano, está previsto o uso de vans para retirar as pessoas que eventualmente fiquem ilhadas ou que estejam em áreas de risco. A prefeitura também sugere que unidades hospitalares verifiquem o abastecimento dos geradores e deixem equipes de sobreaviso.

Por mais que essas medidas sejam importantes, são meramente paliativas e não resolvem o grave problema de infraestrutura urbana, que deveria ser capaz de resistir às tempestades de verão. De acordo com reportagem de novembro do jornal O Globo com base no levantamento do gabinete da ex-vereadora Teresa Bergher, o gasto com serviços de manutenção e obras de prevenção contra chuvas caiu a um terço nos últimos dois anos, ao passar de 759,1 milhões de reais, em 2016, para 207,5 milhões de reais, em 2018.

Eis uma previsão fácil de fazer: sem investimentos em infraestrutura o Rio continuará à mercê das chuvas de verão.

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