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Previdência foi "enormemente" amenizada, diz Temer

Com as mudanças, o presidente acredita que não há mais razões para que a proposta não seja aprovada

Michel Temer: o presidente disse que não havia ido ao almoço para pedir apoio à proposta, mas para explicá-la (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Reuters

Publicado em 25 de abril de 2017 às 20h31.

Brasília - O presidente Michel Temer defendeu nesta terça-feira que não há mais razões para que a reforma da Previdência não seja aprovada, já que a proposta inicial foi "enormemente amenizada" depois das negociações com o Congresso.

Temer almoçou com 13 governadores e três vice-governadores, além de alguns parlamentares, na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para apresentar e defender as mudanças previdenciárias.

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De acordo com o presidente, o governo enviou uma "proposta completa", mas autorizou o relator da proposta, Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), a abrir as negociações para facilitar a aprovação.

"Ele foi, negociou e amenizou enormemente aquele projeto inaugural. Então não há mais razão para que se diga que não se deve aprovar a reforma da Previdência", disse o presidente.

"Houve uma adequação, um ajustamento daquele projeto original, que não é o mesmo, portanto é um outro projeto, que está agora nas mãos do relator."

Temer afirmou, no encontro, que não havia ido ao almoço para pedir apoio à proposta, mas para explicá-la.

Ainda assim, disse que todos têm responsabilidade com o país e uma das responsabilidades é a aprovação das reformas.

"Convenhamos que poderíamos muito perfeitamente, comodamente, nos instalar na Presidência e desfrutar do prazer de ser Presidente da República. Mas nós queremos mais, nós queremos é recuperar o Brasil", disse Temer.

"Nós podemos juntos fazer a reconstrução do país, independentemente de posições político-partidárias, isso não está em conta.

O que é preciso é a compreensão de que nós temos um problema sério no país e devemos solucioná-lo", afirmou o presidente, acrescentando que se a reforma não for feita neste momento poderá ser preciso "maiores sacrifícios em no máximo quatro anos".

O governo vem tentando costurar apoios em todas as frentes para aprovar a reforma no plenário da Câmara.

Apesar das mudanças feitas pelo relator, ainda há o temor de que o apoio não seja suficiente.

Na segunda-feira à noite, a Executiva do PSB, um dos partidos da base, fechou questão contra as reformas da Previdência e trabalhista.

O governo e o próprio presidente iniciaram uma maratona para garantir votos.

Na segunda, Temer chamou os ministros com mandatos parlamentares para cobrar a garantia de votos das suas bancadas, e anunciou que todos serão exonerados para votar a proposta em plenário.

Nesta terça-feira, além de almoçar com governadores, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, irá jantar com a Frente Parlamentar Agropecuária.

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