Penitenciária: confronto deixou 56 mortos entre a tarde de 1º de janeiro e a manhã do dia 2 (Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 11 de janeiro de 2017 às 12h15.
Última atualização em 11 de janeiro de 2017 às 12h16.
Os 17 detentos suspeitos de terem ordenado e participado do massacre ocorrido dentro do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, na virada do ano, serão transferidos nesta quarta-feira, 11, para presídios federais. A informação é da Secretaria de Administração Penitenciária do Amazonas (Seap).
De acordo com o titular da pasta, Pedro Florêncio, por serem apontados como chefes de facção, os presos estavam correndo risco dentro das cadeias do Amazonas.
Segundo a polícia, os detentos foram levados para o Batalhão de Choque, onde passarão por triagem. Depois, devem ser encaminhados para o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes. A Seap não informou para qual presídio eles serão enviados.
Um sangrento confronto entre facções no Complexo Penitenciário Anísio Jobim deixou 56 mortos entre a tarde de 1º de janeiro e a manhã do dia 2.
A rebelião, que durou 17 horas, acabou com detentos esquartejados e decapitados no segundo maior massacre registrado em presídios no Brasil - em 1992, 111 morreram no Carandiru, em São Paulo.
Cinco dias depois, o PCC iniciou sua vingança e matou 31 detentos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (PAMC), em Boa Vista, Roraima. A maioria das vítimas foi esquartejada, decapitada ou teve o coração arrancado, método usado pelo PCC em conflitos entre facções.