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Preso, ex-secretário de Alckmin renuncia ao cargo de presidente da Cesp

Ele foi encarcerado temporariamente no âmbito da Operação Pedra no Caminho, que mira fraudes em obras do Rodoanel Trecho Norte

Laurence Casagrande Lourenço, ex-secretário de Transportes de São Paulo e ex-presidente da Dersa, ao lado do ex-governador Geraldo Alckmin, durante entrega de duplicação de rodovia SP-304 em março de 2018 (Gilberto Marques/Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)

Laurence Casagrande Lourenço, ex-secretário de Transportes de São Paulo e ex-presidente da Dersa, ao lado do ex-governador Geraldo Alckmin, durante entrega de duplicação de rodovia SP-304 em março de 2018 (Gilberto Marques/Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de junho de 2018 às 16h59.

Última atualização em 21 de junho de 2018 às 17h19.

São Paulo - Após ser preso na Lava Jato por suspeita de desvios na Dersa, Laurence Casagrande Lourenço renunciou ao cargo de presidente da Companhia Energética de São Paulo (Cesp).

Ele foi encarcerado temporariamente - prazo de cinco dias prorrogáveis - no âmbito da Operação Pedra no Caminho, que mira fraudes em obras do Rodoanel Trecho Norte.

Os contratos começaram a ser executados em 2013, quando Laurence era secretário de Transportes e Logística do governo Geraldo Alckmin (PSDB), cargo no qual permaneceu até abril deste ano, quando assumiu a Cesp. Ele chegou a presidir a Dersa entre janeiro de 2011 e maio de 2017. Também passou pela Fundação Casa e a Secretaria de Segurança Pública.

A Polícia Federal vê "responsabilidade criminal" de Laurence fraudes nas obras do Trecho Norte do Rodoanel.

Relatório de 113 páginas, subscrito pelo delegado João Luiz Moraes Rosa, da -Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros da PF em São Paulo, aponta suposto envolvimento do ex-secretário de Logística e Transportes do governo Alckmin em desvios e sobrepreços de até R$ 131 milhões no empreendimento.

Ao determinar a prisão do presidente da Cesp, a juíza da 5ª Vara Criminal de São Paulo, Maria Isabel do Prado, afirmou ser "imprescindível" o encarceramento dele e outros 14 investigados.

"No caso dos autos, está demonstrado que a prisão temporária é imprescindível para as investigações do inquérito policial, uma vez que, pelas circunstâncias do caso concreto, tal medida se revela como única maneira de se preservar as demais provas a serem colhidas, bem como, para se proceder a reconhecimentos pessoais".

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