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Presidente do PT do Rio chama Cunha de chantagista

"O partido não pode ter chantagistas como o Eduardo Cunha, líder do grupo dos bocudos, com interesses que não são dos mais republicanos", disse sobre o PMDB


	O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ): na véspera, o líder do PMDB na Câmara defendera o rompimento da aliança com o PT para a reeleição de Dilma
 (Gustavo Lima/Câmara)

O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ): na véspera, o líder do PMDB na Câmara defendera o rompimento da aliança com o PT para a reeleição de Dilma (Gustavo Lima/Câmara)

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Da Redação

Publicado em 5 de março de 2014 às 20h24.

Rio - O presidente do PT do Rio, Washington Quaquá, atacou nesta quarta-feira, 05, o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha, classificado por ele como "chantagista" e "bocudo". Na véspera, Cunha defendera o rompimento da aliança com o PT para a reeleição da presidente Dilma Rousseff.

"Temos grande respeito por figuras como o Valdir Raupp (presidente do PMDB) e o Michel Temer (vice-presidente da República) e achamos que a aliança com o PMDB é importante para o País, mas o partido não pode ter chantagistas como o Eduardo Cunha, líder do grupo dos bocudos, com interesses que não são dos mais republicanos", afirmou Quaquá.

Prefeito da cidade de Maricá (RJ), o petista disse que o presidente do PMDB no Rio, Jorge Picciani, "passou dos limites quando ofendeu o Rui Falcão (presidente nacional do PT)". Em entrevista para a rede CNT no dia 27, Picciani já havia defendido apoio do partido ao candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves.

Na terça, o jornal "O Dia" informou que Falcão atribuiu a ameaça de Picciani aos pedidos de cargo feitos pelo grupo de peemedebistas ao governo federal. Em resposta, Cunha defendeu que o PMDB antecipe sua convenção e não apoie a reeleição de Dilma porque, segundo ele, a sigla "não é respeitada pelo PT".

"Estão mal-acostumados com um PT que era subserviente no Rio. Não vamos aturar essa atitude chantagista. O Picciani é uma alma penada, que já morreu politicamente no Rio", afirmou Quaquá, que rompeu com o partido no Rio e deixou o governo Sérgio Cabral (PMDB) após sete anos de aliança para lançar a candidatura do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) na sucessão estadual.

"O relacionamento do PT nacional com Cabral e o vice-governador Luiz Fernando Pezão, pré-candidato do PMDB na sucessão estadual, é muito bom. Eles não fazem parte da banda podre do PMDB", disse Quaquá, que promete fazer uma campanha "respeitosa" no Rio.

O presidente regional do PT defendeu o financiamento de R$ 4,5 milhões à escola de samba Grande Rio, que homenageou neste ano a cidade de Maricá e ficou em sexto lugar no carnaval carioca. "É puro marketing, o carnaval é o melhor retorno que poderíamos ter para a cidade, muito melhor do que publicar anúncios em jornal. Quero fazer novamente."

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