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Presidente do PSL, Bivar não vê sentido em protesto a favor de Bolsonaro

"Para que tirar o povo para uma coisa que já está dentro de casa? Já ganhamos as eleições", disse Bivar. Bancada do PSL decide hoje sobre apoio ao protesto

O presidente do PSL, deputado Luciano Bivar, após encontro com o presidente Jair Bolsonaro para levar o projeto do governo de reforma da Previdência ao Congresso Nacional (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O presidente do PSL, deputado Luciano Bivar, após encontro com o presidente Jair Bolsonaro para levar o projeto do governo de reforma da Previdência ao Congresso Nacional (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de maio de 2019 às 11h23.

Última atualização em 28 de outubro de 2019 às 18h19.

Brasília - O presidente do PSL, Luciano Bivar, afirmou que não há sentido nas manifestações agendadas para o próximo domingo (26) em defesa do presidente Jair Bolsonaro.

Na tarde desta terça-feira (21) a bancada do partido no Congresso deve se reunir para decidir se apoiará formalmente os protestos.

"Nós fomos eleitos democraticamente, institucionalmente, não há crise ética, não há crise moral, estão se resolvendo os problemas das reformas, então eu vejo sem sentido essa manifestação, mas toda manifestação é válida, é um soluço do povo para expressar o que ele está achando", disse Bivar ao chegar ao gabinete da liderança do PSL na Câmara.

Bivar ainda falou que as pessoas não precisam ir às ruas para defender Bolsonaro porque o presidente não teria cometido nenhum crime e já poderia contar com a população através das redes sociais.

"Para que tirar o povo para uma coisa que já está dentro de casa? Já ganhamos as eleições, já passou isso aí."

Brigas

Bivar disse, ainda, estar agindo na tentativa de resolver atritos entre políticos do partido que discutiram publicamente nos últimos dias. Ele fez um apelo para que políticos do PSL deixem de ser "reféns" das redes sociais.

"A gente não pode ficar com os sapatos pequenos quando os pés estão crescendo porque, se não trocar os sapatos, os dedos vão aparecer", declarou Bivar, em relação às brigas internas no partido, que tem 56 deputados e quatro senadores.

As deputadas Joice Hasselmann e Carla Zambelli, ambas do PSL de São Paulo, discutiram publicamente por causa da medida provisória da reforma administrativa. "A Carla é uma militante, então ela é muito refém das suas redes sociais.

A Joice tem uma responsabilidade que transpassa a Carla que é de viabilizar as reformas que o governo precisa. Então são detalhes que precisam ser afinados agora", disse Bivar.

Além disso, o presidente da sigla vai intermediar nesta terça uma conversa entre o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e a senadora Soraya Thronicke (PSL-MG), que criticou Onyx e o DEM por não agirem, de acordo com ela, para defender o governo no Congresso.

"Ela vai dizer que não é bem aquilo que ela falou", declarou Bivar.

O presidente do PSL afirmou que o fato de políticos da legenda cederem aos apelos das redes sociais dificulta a governabilidade de Bolsonaro.

"Dificulta porque nem sempre as redes sociais têm o sentimento do que é o jogo político, no bom sentido, e para que a gente viabilize alguma coisa a gente não pode botar no julgo popular." Para ele, os políticos do PSL precisam agora ter "tecnicidade" ao invés de ceder à onda das redes sociais.

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