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Presidente do PDT diz que não acredita em aliança com PT no 1º turno

Carlos Lupi respondeu que as alianças serão pautadas nos pontos do programa de governo de Ciro Gomes

Carlos Lupi: presidente nacional do PDT afirmou em entrevista que não acredita em uma aliança entre seu partido e o PT no primeiro turno das eleições 2018 (Roosewelt Pinheiro/Agência Brasil)

Carlos Lupi: presidente nacional do PDT afirmou em entrevista que não acredita em uma aliança entre seu partido e o PT no primeiro turno das eleições 2018 (Roosewelt Pinheiro/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de julho de 2018 às 10h26.

Última atualização em 4 de julho de 2018 às 10h28.

São Paulo - O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, afirmou em entrevista à Rádio Eldorado na manhã desta quarta-feira, 4, que não acredita em uma aliança entre seu partido e o PT no primeiro turno das eleições 2018. "O PT tem seu projeto e tem o direito de apresentar uma candidatura. Não acredito que no primeiro haja uma aliança", disse.

O pedetista ressaltou, no entanto, a importância de haver um "pacto de não agressão" com a sigla, que mantém a pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Operação Lava Jato pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro desde 7 de abril. Para Lupi, o objetivo é que as duas siglas se apoiem em um eventual segundo turno.

Questionado sobre qual base de apoio o PDT procura, Lupi respondeu que as alianças serão pautadas nos pontos do programa de governo de Ciro Gomes, como a priorização de um projeto nacional de desenvolvimento, o apoio ao capital produtivo em detrimento do especulativo e a redução de impostos dos trabalhadores assalariados.

"Estamos conversando com aqueles que temos mais afinidade histórica, como o PSB, e também com outros mais ao centro, que concordam com esse projeto. É uma fase de aceitar o que atende interesses comuns", disse.

Sobre o vice, Lupi afirmou que a tese é de que o escolhido seja de São Paulo ou Minas Gerais, os dois maiores colégios eleitorais do País. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), há 33 milhões de eleitores paulistas e 15 milhões de mineiros. O presidente do partido ressaltou que a escolha ainda depende da configuração das alianças regionais e reafirmou que a convenção para referendar o nome de Ciro Gomes como candidato será em 20 de julho.

Entre os nomes especulados estão o do empresário Benjamin Steinbruch, presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), com quem Ciro trabalhou por quase dois anos, deixando a companhia em maio de 2016 para se dedicar novamente à política. O empresário Josué Gomes, filho de José Alencar, vice do ex-presidente Lula, também é um dos nomes cotados.

"O Márcio Lacerda, ex-prefeito de Belo Horizonte (de 2009 a 2016), também pode se configurar (como vice). Vai depender muito do perfil que precisamos dar para essa chapa", afirmou, ressaltando que a existência de harmonia é fundamental.

Lacerda foi um dos coordenadores da campanha à Presidência de Ciro em 2002 e os dois têm boa relação. "Não podemos colocar um adversário na chapa. Olha só o que aconteceu com a Dilma", afirmou, em referência ao impeachment da ex-presidente, que perdeu o mandato em agosto de 2016.

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