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Presidente Dilma reúne governadores para discutir pós-seca

O governo federal anunciará a prorrogação até julho do Bolsa Estiagem e o Garantia-Safra


	A presidente Dilma Rousseff: a presidente Dilma voltou a afirmar que o governo federal terá um programa de recomposição do rebanho morto em decorrência da maior seca nos últimos 50 anos.
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

A presidente Dilma Rousseff: a presidente Dilma voltou a afirmar que o governo federal terá um programa de recomposição do rebanho morto em decorrência da maior seca nos últimos 50 anos. (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2013 às 16h30.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff disse hoje (25) que se reunirá no dia 2 de abril com todos os governadores do Semiárido atingido pela seca, para discutir propostas e ações destinadas a reduzir as consequências da estiagem, que afeta principalmente a Região Nordeste.

O governo federal anunciará a prorrogação até julho do Bolsa Estiagem e o Garantia-Safra. Mas, segundo a presidente, poderá haver novas prorrogações porque os benefícios serão pagos enquanto durar a seca. A Bolsa Estiagem assiste agricultores familiares com renda até dois salários mínimos em municípios em situação de emergência ou calamidade pública. O Garantia-Safra ajuda os agricultores cuja produção foi prejudicada pela seca.

Além dos nove governadores nordestinos, foram convocados para a reunião, que será realizada em Fortaleza, no Ceará, os governadores de Minas Gerais e do Espírito Santo, estados que são beneficiados pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

Dilma Rousseff garantiu que o governo ampliará as ações em andamento, como o trabalho do Exército na operação carro-pipa de abastecimento e a venda de milho aos pequenos produtores a preços mais baixos que os de mercado, mas ressaltou que é preciso discutir o futuro pós-seca.

“Eu acredito que temos que avançar e assegurar que os mecanismos de combate à seca sejam permanentes. Não é, de jeito nenhum, que vamos ficar com a mesma história todo o tempo, mas na hora que acabar a seca e vier a chuva, nós vamos ter de criar mecanismos que durem e assegurem que as pessoas não sejam atingidas”, disse a presidente durante inauguração da primeira etapa do Sistema Adutor Pajeú, no município de Serra Talhada, em Pernambuco.


A presidente Dilma voltou a afirmar que o governo federal terá um programa de recomposição do rebanho morto em decorrência da maior seca da região nos últimos 50 anos, mas ressaltou que precisam ser tomadas ações para que as perdas de animais não voltem a acontecer com tanta intensidade. “Vamos ter que tratar de uma questão que é o estoque da alimentação dos rebanhos, como garantirmos que haja permanentemente um estoque de segurança de garantia dos rebanhos aqui na região”.

Durante a inauguração da adutora que capta água do rio São Francisco, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, disse que o governos federal e os dos estados precisam “construir a saída desta seca” e garantir a segurança hídrica da população.

“Nessa seca não se vê o drama social da fome, da morte das crianças, não se vê o desespero por comida das pessoas, mas estamos assistindo algo que não conseguimos proteger ainda, que é a economia. Protegemos as pessoas, que é o fundamental, e vamos aprender neste momento, a fazer a um só tempo, a proteção das pessoas e a proteção da economia, e vai ser exatamente nesta reunião [do dia 2 de abril]”, disse o governador.

Segundo Eduardo Campos, a reunião focará não mais na emergência, mas na articulação de ações que estão sendo feitas. “Precisamos, olhando para o futuro, buscar na nossa experiência de vida e de formação política os pontos que devem nos unir para sair deste momento duro, para deixar nosso povo independente”, disse o governador, lembrando que, por muitos anos, a água foi usada por políticos como moeda de troca por votos na região.

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