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Presidente Dilma apoiará Roseana ao Senado

Para compensar o apoio à candidatura a governador de Flávio Dino (PC do B), rival de José Sarney, o PT deve apoiar a governadora do Maranhão


	José Sarney e Roseana Sarney: o problema é que, no momento, o nome mais forte para o Senado no Estado é o do vice-prefeito de São Luiz, Roberto Rocha, que é do PSB
 (Valter Campanato/ABr)

José Sarney e Roseana Sarney: o problema é que, no momento, o nome mais forte para o Senado no Estado é o do vice-prefeito de São Luiz, Roberto Rocha, que é do PSB (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2013 às 08h58.

Brasília - Pressionado pelo PMDB, o Palácio do Planalto costurou nesta segunda-feira, 14, uma solução de redução de danos às suas relações com o principal aliado e formulou uma solução alternativa na montagem do palanque no Maranhão.

A presidente Dilma Rousseff comunicou ao senador José Sarney (PMDB-AP) de que, apesar do seu apoio à candidatura a governador de Flávio Dino (PC do B), rival do senador, apoiará ao Senado a governadora Roseana Sarney (PMDB-MA). O clã defendia o apoio palaciano ao secretário de infraestrutura do Estado, Luis Fernando Silva.

A tentativa de minimizar os dados foi necessária depois da publicação de matéria pelo jornal O Estado de S. Paulo de que a família Sarney, depois de 50 anos, perderá o comando do Maranhão. O PC do B, aliado tradicional do Planalto, cobra do governo apoio ao seu candidato que está à frente das pesquisas.

Dilma já havia confidenciado a integrantes do partido que ele terá o apoio do governo. Mas a costura que está sendo feita é para que ele não se alie ao PSB de Eduardo Campos e que apoie ao Senado um candidato mais fraco, para que aumente as chances de Roseana voltar para o Senado. Em troca, ele teria apoio do governo.

O problema é que, no momento, o nome mais forte para o Senado no Estado é o do vice-prefeito de São Luiz, Roberto Rocha, que é do PSB, que está liderando as pesquisas e não o de Roseana.

Para o PT, é importante aliar-se a Dino no Estado como uma demonstração de que o partido ainda tem a seu lado aliados históricos, mesmo com a saída do PSB da provável coalizão da reeleição de Dilma.

"O Maranhão já pagou um preço alto por essa aliança. Agora, devemos apoiar Flávio Dino, candidato do PC do B, com o compromisso dele de apoiar a reeleição da presidente Dilma", declarou o deputado petista Paulo Teixeira (SP), que esteve no Maranhão, na semana passada, participando de diversas reuniões.


"Acho que o PT deveria procurar construir uma frente de esquerda para o próximo período capaz de mudar o Maranhão e Flávio Dino é a melhor candidatura de governo", emendou. O próprio PC do B quer garantia de que o único estado em que tem reais chances de ganhar receberá aval do Planalto.

"O mínimo que esperamos do PT é o apoio ao PC do B, um aliado histórico, para a eleição de Flávio Dino", disse o ex-ministro de Lula, Orlando Silva, um dos dirigentes do partido.

A pressão do PMDB sobre o governo foi tão forte que o porta-voz do Planalto, Thomas Traumann, informou que "é especulação" a conclusão da reportagem 'Lula e Dilma se afastam de Sarney no Maranhão'. A presidente Dilma também se viu obrigada a ligar para Sarney para assegurar que continuam como aliados.

A divulgação do problema acabou precipitando discussão sobre o tema e a necessidade de apressar as costuras locais, com o anuncio de que o governo apoiará a candidatura de Roseana ao Senado. Sarney quer uma saída honrosa para sua filha no Estado e tem reiterado que não será candidato à reeleição a uma cadeira no Senado pelo Amapá, rejeitando a engenharia que se estava sendo desenhada.

Para atender e brecar qualquer possibilidade de rebelião dos peemedebistas, o porta-voz do Planalto informou ainda que a reunião da semana passada "não tratou de preferências sobre a sucessão eleitoral no Maranhão". O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse que não houve qualquer definição em relação ao Maranhão, mas reconheceu que há estados que será preciso analisar a situação com cuidado.

Ele lembrou que esta foi uma reunião inicial e que ainda há muitas conversas com direção de partidos a serem realizadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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