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Presidente da Caixa diz que consignado do auxílio e microcrédito estão sendo investigados

Serrano ponderou que a inadimplência do consignado do auxílio emergencial ainda se mantém sob controle, visto que os pagamentos são descontados na fonte

Brasília (DF) 30/03/2023 A presidente da Caixa, Rita Serrano participa de debate na 24ª Marcha dos Municípios. Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil (Antonio Cruz/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 30 de maio de 2023 às 15h04.

Última atualização em 30 de maio de 2023 às 15h15.

A presidente da Caixa , Rita Serrano, reforçou, em suas redes sociais, que tomou a decisão de paralisar o consignado do Auxílio Brasil e o microcrédito assim que assumiu o banco e afirmou que os programas estão sendo investigados pelos órgãos de controle e fiscalização, com os quais a Caixa tem colaborado, e pela auditoria interna da instituição.

Como mostrou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, em dezembro, a Caixa teve de colocar o pé no freio nas concessões no fim do ano passado após desembolsos recordes em programas considerados de forte apelo eleitoral para o ex-presidente Jair Bolsonaro, como o consignado do auxílio, lançado no banco entre o primeiro e o segundo turno do pleito para o Planalto.

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Apesar dos desafios, que impactaram a manutenção das linhas de crédito no segundo semestre de 2022, Serrano afirmou que a Caixa "se mantém sólida, graças principalmente à dedicação e comprometimento do corpo funcional do banco. Dentre os desafios, ela cita também as denúncias de abuso sexual contra o ex-presidente da Caixa Pedro Guimarães. Serrano afirmou que a gestão segue empenhada "em construir uma nova Caixa para um novo Brasil, fortalecendo a governança interna e a transparência em todas as nossas ações".

"Desde o meu tempo como conselheira de administração, manifestei preocupação em relação a essas medidas, e as questionei por considerá-las contestáveis, implementadas às vésperas das eleições de 2022 e com um apelo excessivo ao endividamento da população vulnerável."

Segundo a presidente da Caixa, o consignado do auxílio alcançou a "expressiva marca" de R$ 7,6 bilhões para 2,97 milhões de clientes apenas na Caixa, sem contar os demais agentes financeiros. O banco foi o único dos cinco grandes a oferecer a modalidade. Já o programa de Microfinanças envolveu mais de R$ 3 bilhões e atendeu a 3,86 milhões de clientes.

Serrano ponderou que a inadimplência do consignado do auxílio emergencial ainda se mantém sob controle, visto que os pagamentos são descontados na fonte. Já a inadimplência do programa de microfinanças ultrapassou 80%, e a maior parte das perdas será coberta pelo Fundo Garantidor de Microfinanças, que utilizará recursos do FGTS.

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