Presidente da Caixa diz que consignado do auxílio e microcrédito estão sendo investigados
Serrano ponderou que a inadimplência do consignado do auxílio emergencial ainda se mantém sob controle, visto que os pagamentos são descontados na fonte
Agência de notícias
Publicado em 30 de maio de 2023 às 15h04.
Última atualização em 30 de maio de 2023 às 15h15.
A presidente da Caixa , Rita Serrano, reforçou, em suas redes sociais, que tomou a decisão de paralisar o consignado do Auxílio Brasil e o microcrédito assim que assumiu o banco e afirmou que os programas estão sendo investigados pelos órgãos de controle e fiscalização, com os quais a Caixa tem colaborado, e pela auditoria interna da instituição.
Como mostrou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, em dezembro, a Caixa teve de colocar o pé no freio nas concessões no fim do ano passado após desembolsos recordes em programas considerados de forte apelo eleitoral para o ex-presidente Jair Bolsonaro, como o consignado do auxílio, lançado no banco entre o primeiro e o segundo turno do pleito para o Planalto.
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Detalhes
Apesar dos desafios, que impactaram a manutenção das linhas de crédito no segundo semestre de 2022, Serrano afirmou que a Caixa "se mantém sólida, graças principalmente à dedicação e comprometimento do corpo funcional do banco. Dentre os desafios, ela cita também as denúncias de abuso sexual contra o ex-presidente da Caixa Pedro Guimarães. Serrano afirmou que a gestão segue empenhada "em construir uma nova Caixa para um novo Brasil, fortalecendo a governança interna e a transparência em todas as nossas ações".
"Desde o meu tempo como conselheira de administração, manifestei preocupação em relação a essas medidas, e as questionei por considerá-las contestáveis, implementadas às vésperas das eleições de 2022 e com um apelo excessivo ao endividamento da população vulnerável."
Segundo a presidente da Caixa, o consignado do auxílio alcançou a "expressiva marca" de R$ 7,6 bilhões para 2,97 milhões de clientes apenas na Caixa, sem contar os demais agentes financeiros. O banco foi o único dos cinco grandes a oferecer a modalidade. Já o programa de Microfinanças envolveu mais de R$ 3 bilhões e atendeu a 3,86 milhões de clientes.
Serrano ponderou que a inadimplência do consignado do auxílio emergencial ainda se mantém sob controle, visto que os pagamentos são descontados na fonte. Já a inadimplência do programa de microfinanças ultrapassou 80%, e a maior parte das perdas será coberta pelo Fundo Garantidor de Microfinanças, que utilizará recursos do FGTS.