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Prejuízo da Petrobras foi maior que relatado, diz executivo

Ex-integrante do Comitê de Auditoria da Petrobras disse que estatal negou acesso a documentos financeiros

CPI da Petrobras ouve Mauro Cunha, ex-conselheiro da Petrobras (Wilson Dias/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2015 às 17h38.

Brasília - O ex-integrante do Comitê de Auditoria da Petrobras , Mauro Cunha, disse hoje (28) à sub-relatoria de Superfaturamento e Gestão Temerária na Construção de Refinarias da CPI da Petrobras que o prejuízo da estatal foi maior que o apontado no último balanço divulgado pela empresa. Cunha fez críticas ao modelo de acompanhamento de custos das obras das refinarias.

O ex-conselheiro da estatal afirmou que “aparentemente” não houve pagamento de propina. “Esse valor [apontado no relatório] foi calculado com base no depoimento do ex-diretor Paulo Roberto Costa que disse que a propina representava 3% dos valores dos contratos. Corremos o risco de estar buscando valores inferiores aos prejuízos”, destacou Mauro Cunha.

Ele disse que recusou a aprovação do balanço financeiro da Petrobras a partir da negativa ao seu pedido de acesso a documentos que ajudariam na análise dos números. O ex-conselheiro foi afastado logo em seguida.

No depoimento à CPI, ele destacou a decisão da estatal de adiar investimentos no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco .

Perguntado sobre suspeitas de corrupção, ele ressaltou que “o que chamava a atenção eram os valores, que superavam em muito todas as métricas internacionais". Acrescentou que “a corrupção foi uma consequência desse problema”.

Mauro Cunha criticou o pagamento de participação nos lucros aos servidores da estatal. “Os funcionários não podem receber mais que 25% dos dividendos pagos aos acionistas. E, no ano passado, os acionistas não receberam nada”.

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O ex-conselheiro da estatal afirmou que “aparentemente” não houve pagamento de propina. “Esse valor [apontado no relatório] foi calculado com base no depoimento do ex-diretor Paulo Roberto Costa que disse que a propina representava 3% dos valores dos contratos. Corremos o risco de estar buscando valores inferiores aos prejuízos”, destacou Mauro Cunha.

Ele disse que recusou a aprovação do balanço financeiro da Petrobras a partir da negativa ao seu pedido de acesso a documentos que ajudariam na análise dos números. O ex-conselheiro foi afastado logo em seguida.

No depoimento à CPI, ele destacou a decisão da estatal de adiar investimentos no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco .

Perguntado sobre suspeitas de corrupção, ele ressaltou que “o que chamava a atenção eram os valores, que superavam em muito todas as métricas internacionais". Acrescentou que “a corrupção foi uma consequência desse problema”.

Mauro Cunha criticou o pagamento de participação nos lucros aos servidores da estatal. “Os funcionários não podem receber mais que 25% dos dividendos pagos aos acionistas. E, no ano passado, os acionistas não receberam nada”.

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