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Prefeitura do Rio inicia operação para coibir táxi pirata

47 táxis foram vistoriados, 14 foram lacrados e três, rebocados, sendo um deles um táxi pirata sem permissão e com a pintura adulterada


	Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro: a primeira ação foi feita na Rodoviária Novo Rio, na zona portuária, uma das principais portas de entrada da cidade
 (Wikimedia Commons)

Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro: a primeira ação foi feita na Rodoviária Novo Rio, na zona portuária, uma das principais portas de entrada da cidade (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2012 às 16h02.

Rio de Janeiro – Diante das reclamações de passageiros e o aumento do número de turistas na cidade por causa das festas de fim de ano, a Secretaria Municipal de Transportes do Rio de Janeiro iniciou hoje (12) a Operação Táxi Legal, com o objetivo de melhorar a prestação do serviço. A primeira ação foi feita na Rodoviária Novo Rio, na zona portuária, uma das principais portas de entrada da cidade. Na blitz, 47 táxis foram vistoriados, 14 foram lacrados e três, rebocados, sendo um deles um táxi pirata sem permissão e com a pintura adulterada, segundo informações divulgadas pela secretaria.

O dono do táxi pirata apresentou aos agentes uma autorização falsa de trabalho falsa. O motorista foi detido em flagrante pelo exercício ilegal da profissão e levado à delegacia. Funcionários da secretaria, com o auxílio de policiais militares e guardas municipais, fiscalizaram a documentação dos motoristas e referente aos veículos, além de verificar o estado de conservação dos carros e conferir os taxímetros. Em caso de constatação de irregularidade, o condutor é punido e o veículo pode ser lacrado ou apreendido conforme a gravidade da infração. A maioria das irregularidades é mau estado de conservação dos carros, documentos desatualizados e falta de autorização para exercer a atividade.

De acordo com o secretário de Transportes, Carlos Roberto Osório, a operação é para acabar com a cobrança abusiva chamada “tiro”, adotada por alguns taxistas, principalmente na rodoviária, nos aeroportos e locais com grandes eventos. A prática consiste na cobrança de um preço definido da corrida em vez do indicado pelo taxímetro, o que é considerada extorsão. O motorista flagrado pode ter a licença cassada.


Ainda segundo Osório, a operação será permanente e itinerante. “A operação é para garantir a boa prestação do serviço de táxi àquele que chega à cidade do Rio de Janeiro, sejam turistas ou cariocas regressando de viagens. A rodoviária é um ponto que tradicionalmente apresenta problemas em relação ao serviço de táxi e têm muitas reclamações”, explicou. A Operação Táxi Legal ocorrerá ainda hoje em outro ponto da cidade, não divulgado pela secretaria.

O taxista José Carlos Ferreira dos Santos, 67 anos, teve o carro lacrado por estar sem a permissão legal de trabalho. Taxista há 42 anos, ele reclamou da falta informação sobre o processo para conseguir a documentação. “Se eles dessem informação para a gente nós saberíamos o que fazer. Eu pensei que estava legal, mas não estava. Agora vou ter que ir até a secretaria para legalizar e se tiver que pagar multa, eu pago”, contou.

A autônoma Eloísa Ribeiro, que está no Rio visitando a família, elogiou a iniciativa. Ela relatou ter sido vítima de cobrança abusiva de tarifa por um taxista. “Isso vai ajudar a gente a não passar mais por esta situação. Acredito que essa prática vai diminuir por causa da operação”, disse a autônoma, que mora no Espírito Santo.

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