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Prefeitura de SP propõe novo carnaval de rua em julho

Apesar da proposta, os blocos de rua ainda não deram certeza se irão aderir ao evento, batizado "Esquenta de Carnaval"

Carnaval: Prefeitura de SP quer que comemorações aconteçam em julho. (Fernando Maia/Riotur/Divulgação)

Carnaval: Prefeitura de SP quer que comemorações aconteçam em julho. (Fernando Maia/Riotur/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de abril de 2022 às 15h28.

A Prefeitura de São Paulo anunciou nesta quarta-feira, 20, a intenção de realizar uma edição extra do carnaval de rua, prevista para o fim de semana dos dias 16 e 17 de julho deste ano. Apesar da proposta, os blocos de rua ainda não deram certeza se irão aderir ao evento, batizado "Esquenta de Carnaval", e alguns mantêm a intenção de desfilar durante o feriado prolongado de Tiradentes, a partir desta quinta-feira, 21.

A saída dos blocos neste feriado tem sido motivo de atrito entre os grupos que representam o carnaval de rua e a Prefeitura nas últimas semanas. De um lado, os produtores reclamam da falta de apoio da administração municipal; a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB), por sua vez, alega que não teve tempo hábil para fornecer infraestrutura, logística de trânsito, segurança ou alvarás.

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"Minimamente, o que a gente pede, é que não tenha transtorno depois de limpeza nas vias", afirmou Aline Torres, secretária municipal de Cultura, sobre a decisão dos blocos de saírem neste feriado. Segundo ela, haverá um trabalho conjunto com a Secretaria de Subprefeituras para que seja feita a coleta do lixo após os desfiles dos próximos dias. "O que nos foi passado é que não há bloco em regiões centrais de tráfego. São pequenos e periféricos, em locais de bairro, e que não existe essa necessidade. Vamos ver isso de fato quando acontecer."

Aline também negou que a Secretaria de Segurança Pública estivesse orientada ou autorizada a reprimir os blocos que decidirem desfilar. "Não existe, na gestão do prefeito Ricardo Nunes, nem em sonho, a possibilidade de alguma atividade reaça, truculência com qualquer manifestação cultural ou artística. Não é o perfil do prefeito e nem dos secretários da pasta."

Logo após a reunião com a secretária de Cultura, o grupo que representa cerca de 50 pequenos blocos - grande parte dos blocos que sairão às ruas nos próximos dias - lamentou a realização do diálogo com a Prefeitura às vésperas do feriado. O pronunciamento contou com a presença da vereadora Luana Alves (PSOL).

Conforme os representantes de alguns blocos, como o Vai Quem Quer, os grupos que irão às ruas serão pequenos e sairão às ruas em todas as regiões da cidade. A ideia é não divulgar os itinerários antes para não causar superlotação, o que faria os blocos cancelarem os desfiles.

Sobre a proposta para fazer o carnaval em julho, o grupo disse que ainda é cedo para dizer se os blocos vão aderir. Eles argumentaram que isso irá depender das condições colocadas pela Prefeitura.

O grupo afirmou que, com a falta de diálogo, a Prefeitura jogou a responsabilidade de cuidar da infraestrutura dos desfiles nos blocos. Com isso, alguns deles têm se organizado para fazer acordos com comerciantes locais para venda de bebidas e utilização de banheiros.

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