Prefeitura de SP deve usar GPS na medição de trânsito
Com câmeras de monitoramento, a extensão das vias monitoradas pela CET chega a 1.450 Km, mas não inclui a maior parte das vias localizadas fora do centro expandido
Da Redação
Publicado em 25 de fevereiro de 2013 às 10h12.
São Paulo - Criticado há anos por especialistas por ser obsoleto e não refletir a realidade do trânsito da cidade, o sistema de medição dos índices de congestionamento da capital vai mudar e a extensão das vias monitoradas, quase quadruplicar. Em vez de marronzinhos de binóculos, serão usados GPSs em carros.
A proposta é de observar 3.304 quilômetros de ruas. Atualmente, o serviço de informação da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informa, em seu site e à imprensa, a situação de 868 quilômetros (os principais corredores).
Com câmeras de monitoramento, a extensão das vias monitoradas pela companhia chega a 1.450 quilômetros lineares, mas não inclui a maior parte das vias localizadas fora do centro expandido da cidade.
"A ideia é fazer convênios com empresas que já têm esse serviço, para não gastar muito dinheiro e dar um quadro mais geral da cidade", disse, na quinta-feira (21), o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, em entrevista exclusiva ao jornal O Estado de S. Paulo.
O monitoramento eletrônico é feito com informações colhidas de GPSs de carros. Remotamente, o posicionamento dos carros é transferido a uma central, que mede a velocidade percorrida por veículo em determinada via.
Se a velocidade está muito baixa, o sistema identifica um congestionamento e mede sua extensão. Sem definir prazos e custos, a promessa da Prefeitura é fornecer essas informações na página da internet da CET até o fim da gestão Fernando Haddad (PT), em 2016.
O modelo de medição atual utiliza os Postos Avançados de Campo (PACs) da CET. Nele, agentes fazem uma medição visual da extensão da lentidão, usando como referência, por exemplo, a distância entre os cruzamentos de determinadas vias. Esse padrão de medição é o mesmo desde a década de 1980.
Invisível
Embora o atual modelo seja avaliado como "preciso" por especialistas, a crítica é que ele reflete uma realidade parcial da cidade. Diversas avenidas, especialmente fora do centro expandido (e da vista dos agentes), criam um "trânsito invisível", enfrentado por toda a cidade, mas fora da medição oficial - às 16 horas de sexta-feira (22), por exemplo, em plena tarde de chuva, a CET apontou 91 km de filas na cidade, enquanto a Maplink, principal empresa de monitoramento eletrônico, registrava 411 quilômetros de lentidão.
Serviços
O uso de GPS para monitorar o trânsito - fornecido por empresas como Google, Nokia e MapLink - permite uma série de serviços adicionais ao cliente, como marcação no mesmo mapa da velocidade da via (identificada por cores conforme a lentidão), da existência de semáforos quebrados, de acidentes e até de pontos de alagamento.
O presidente da MapLink, Frederico Hohagen, destaca que o serviço público pode criar outras funções com a ferramenta, como identificar o comportamento dos carros em uma via para prever se, nos instantes seguintes, haverá criação de gargalo. Dessa forma, os gestores têm capacidade de mobilizar agentes municipais para resolver o problema. Ele diz que sua empresa já se reuniu com a Prefeitura, mas ainda não há nenhum acordo firmado.
São Paulo - Criticado há anos por especialistas por ser obsoleto e não refletir a realidade do trânsito da cidade, o sistema de medição dos índices de congestionamento da capital vai mudar e a extensão das vias monitoradas, quase quadruplicar. Em vez de marronzinhos de binóculos, serão usados GPSs em carros.
A proposta é de observar 3.304 quilômetros de ruas. Atualmente, o serviço de informação da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informa, em seu site e à imprensa, a situação de 868 quilômetros (os principais corredores).
Com câmeras de monitoramento, a extensão das vias monitoradas pela companhia chega a 1.450 quilômetros lineares, mas não inclui a maior parte das vias localizadas fora do centro expandido da cidade.
"A ideia é fazer convênios com empresas que já têm esse serviço, para não gastar muito dinheiro e dar um quadro mais geral da cidade", disse, na quinta-feira (21), o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, em entrevista exclusiva ao jornal O Estado de S. Paulo.
O monitoramento eletrônico é feito com informações colhidas de GPSs de carros. Remotamente, o posicionamento dos carros é transferido a uma central, que mede a velocidade percorrida por veículo em determinada via.
Se a velocidade está muito baixa, o sistema identifica um congestionamento e mede sua extensão. Sem definir prazos e custos, a promessa da Prefeitura é fornecer essas informações na página da internet da CET até o fim da gestão Fernando Haddad (PT), em 2016.
O modelo de medição atual utiliza os Postos Avançados de Campo (PACs) da CET. Nele, agentes fazem uma medição visual da extensão da lentidão, usando como referência, por exemplo, a distância entre os cruzamentos de determinadas vias. Esse padrão de medição é o mesmo desde a década de 1980.
Invisível
Embora o atual modelo seja avaliado como "preciso" por especialistas, a crítica é que ele reflete uma realidade parcial da cidade. Diversas avenidas, especialmente fora do centro expandido (e da vista dos agentes), criam um "trânsito invisível", enfrentado por toda a cidade, mas fora da medição oficial - às 16 horas de sexta-feira (22), por exemplo, em plena tarde de chuva, a CET apontou 91 km de filas na cidade, enquanto a Maplink, principal empresa de monitoramento eletrônico, registrava 411 quilômetros de lentidão.
Serviços
O uso de GPS para monitorar o trânsito - fornecido por empresas como Google, Nokia e MapLink - permite uma série de serviços adicionais ao cliente, como marcação no mesmo mapa da velocidade da via (identificada por cores conforme a lentidão), da existência de semáforos quebrados, de acidentes e até de pontos de alagamento.
O presidente da MapLink, Frederico Hohagen, destaca que o serviço público pode criar outras funções com a ferramenta, como identificar o comportamento dos carros em uma via para prever se, nos instantes seguintes, haverá criação de gargalo. Dessa forma, os gestores têm capacidade de mobilizar agentes municipais para resolver o problema. Ele diz que sua empresa já se reuniu com a Prefeitura, mas ainda não há nenhum acordo firmado.