Odebrecht: a informação é rechaçada pelo PRB, que argumenta que a matéria "adotou palavras unilaterais de delação premiada" cujo sigilo não foi levantado pela Justiça (REUTERS/Rodrigo Paiva)
Estadão Conteúdo
Publicado em 19 de fevereiro de 2017 às 12h33.
São Paulo - O Partido Republicano Brasileiro (PRB) negou, em nota divulgada neste domingo, que o ministro Marcos Pereira, presidente nacional licenciado da sigla, tenha recebido da Odebrecht dinheiro de caixa 2 para a campanha de 2014.
Segundo matéria publicada na edição deste domingo pelo jornal O Estado de S.Paulo, depoimento que integra a delação da empreiteira na Lava Jato cita Marcos Pereira como negociador de um repasse de R$ 7 milhões da Odebrecht para o PRB na campanha de 2014.
Os recursos, entregues em dinheiro vivo, compraram apoio do partido à reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff.
A informação é rechaçada pelo PRB, que argumenta que a matéria "adotou palavras unilaterais de delação premiada" cujo sigilo não foi levantado pela Justiça, o que, segundo o partido, levou a citações de "frases genéricas que não têm forma ou conteúdo de prova".
O PRB lembra que, à época da campanha, tinha apenas oito deputados federais e o menor tempo de televisão entre os partidos que apoiaram Dilma.
Ressalta ainda que a convenção que definiu o apoio ao PT aconteceu nas últimas horas do último dia possível.
De acordo com a nota, Marcos Pereira, nomeado ministro da Indústria, Comércio e Serviços, quando Michel Temer assumiu ainda interinamente a presidência da República, tentou até o fim levar o PRB a outro projeto, o que acabou não acontecendo por questões conjunturais.
O partido diz que Pereira esteve na sede da Odebrecht por duas vezes para tratar de doações de campanha dentro da lei, quando as regras eleitorais ainda permitiam arrecadar recursos empresariais.
"No entanto, nenhum valor foi destinado ao partido", aponta a nota do PRB.