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PRB deve indicar novo ministro da Indústria nos próximos dias

A movimentação para a indicação de um novo nome ocorre após Marcos Pereira deixar o cargo nesta quarta-feira

Beto Mansur: de acordo com o deputado, a saída de Pereira estava combinada com o presidente Temer (Facebook/Reprodução)

Beto Mansur: de acordo com o deputado, a saída de Pereira estava combinada com o presidente Temer (Facebook/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 3 de janeiro de 2018 às 18h33.

Brasília - Um dos vice-líderes do governo na Câmara, Beto Mansur (PRB-SP) afirmou nesta quarta-feira à Reuters que o partido deverá indicar nos próximos dias o substituto de Marcos Pereira para o cargo de ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

Pereira pediu demissão nesta quarta-feira do cargo. Segundo o vice-líder do governo, integrantes do PRB devem se reunir em breve para escolher o substituto, que, destacou, deve ser alguém da bancada de deputados do partido.

De acordo com Mansur, a saída de Pereira estava combinada com o presidente e tem relação com o fato de ele querer concorrer ao cargo de deputado federal em outubro --ele tinha até o início de abril para se desincompatibilizar do cargo-- e voltar a assumir o comando do PRB, do qual estava licenciado para ocupar o ministério.

Para o governista, não há "nenhum problema" na mudança, uma vez que o partido vai permanecer na base de apoio do governo.

Ele negou que a saída Pereira e a troca de Ronaldo Nogueira por Cristiane Brasil no Ministério do Trabalho pudesse atrapalhar na votação da reforma da Previdência na Câmara, prevista para ocorrer logo após o Carnaval.

"Não (atrapalha), tanto que quem foi indicada no PTB é a filha do presidente do partido (Roberto Jefferson)", disse. "No PRB, com o Marcos deixando de ser ministro, acho até que ajuda nesse processo", completou.

Pelas contas de Mansur, dos 22 deputados do PRB, cerca de cinco resistem a votar a favor da reforma. Ele disse que o partido deve discutir em breve se vai fechar questão em apoio à reforma. Se isso ocorrer, deputados que votarem contra o texto poderão ser punidos pela cúpula da legenda.

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