PRB decide se “arrocha” com Flávio Rocha ou com o centrão
O PRB está prestes a sepultar a pré-candidatura do empresário Flávio Rocha, dono da rede varejista Riachuelo
Da Redação
Publicado em 11 de julho de 2018 às 02h50.
Última atualização em 26 de abril de 2019 às 13h40.
Os mais variados partidos do Centrão voltam a se reunir nesta quarta-feira para definir os rumos nas eleições de 2018 . O destaque da vez é o PRB, que está prestes a sepultar a pré-candidatura do empresário Flávio Rocha, dono da rede varejista Riachuelo . O partido discute se banca a tentativa de Rocha ou compõe com o grupo de partidos médios, o chamado Centrão, em torno de outra candidatura.
O problema é que o Centrão está rachado entre Ciro Gomes (PDT) ou Geraldo Alckmin (PSDB). O PRB havia cravado que não estaria junto com Ciro pelo programa “de esquerda”. Caminhar sozinho também não é opção e parlamentares da legenda admitem que a candidatura de Rocha, sem alianças até o momento, perdeu força. “Penso que o nome dele [de Flávio Rocha] cabe perfeitamente no nosso contexto. Fugiríamos dos extremos. Mas essa é só a minha vontade”, disse ao site O Antagonista o deputado Carlos Gomes, do PRB do Rio Grande do Sul.
O empresário tenta cair de pé. Foi flagrado pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta quarta-feira debatendo cenário político com Guilherme Afif Domingos (PSD) e Paulo Rabello de Castro (PSC), dois pré-candidatos também solitários. O grupo tenta articular uma saída para partidos do centrão, driblando Ciro pela direita.
O debate interno do PRB ocorre apenas dois dias depois do lançamento do “Arrocha com Flávio Rocha”, um jingle feito pelo cantor Latino para o pré-candidato. “Um presente para esse cara que eu acredito muito que fará toda a diferença no Brasil”, disse o artista nas redes sociais.
A saída de Flávio Rocha seria mais uma desistência de outsiders nas eleições, depois da desistência de Luciano Huck (apesar de Rocha já ter sido deputado federal por dois mandatos). Mesmo com toda a rejeição aos políticos, o pleito tende a ser dominado por profissionais. Jair Bolsonaro (PSL) em seu sétimo mandato como deputado e Henrique Meirelles (MDB), ex-ministro da Fazenda, tentam cimentar a imagem de outsiders. O desafio é convencer o eleitor.