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PP troca dois membros do Conselho de Ética da Câmara

Na reta final da análise do processo contra o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), dois membros titulares do Conselho de Ética renunciaram


	Eduardo Cunha: parlamentares são do PP, que tratou de indicar imediatamente titulares que também tendem a votar a favor do peemedebista
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Eduardo Cunha: parlamentares são do PP, que tratou de indicar imediatamente titulares que também tendem a votar a favor do peemedebista (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2016 às 21h26.

Brasília - Na reta final da análise do processo por quebra de decoro parlamentar contra o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), dois membros titulares do Conselho de Ética renunciaram ao colegiado nesta terça-feira, 17.

Os parlamentares são do PP, que tratou de indicar imediatamente titulares que também tendem a votar a favor do peemedebista.

Como o Estado publicou na manhã desta terça, Ricardo Barros (PP-PR), que se licenciou do mandato para assumir o Ministério da Saúde, deixou o colegiado e será substituído por Nelson Meurer (PP-PR). Já Cacá Leão (PP-BA) abriu mão da vaga e em seu lugar entrou André Fufuca (PP-BA). Segundo fontes, Leão alegou desgaste e desconforto em apoiar Cunha devido às alianças locais que possui na Bahia.

O pai dele, vice-governador e presidente do PP da Bahia, João Leão, é aliado do governador Rui Costa, do PT.

Parte da tropa de choque de Cunha, o suplente Manoel Júnior (PMDB-PB) também deve anunciar em breve sua saída do conselho. Manoel Júnior é considerado um dos principais defensores do peemedebista no colegiado. A justificativa de Júnior seria a sua pré-candidatura a prefeito de João Pessoa, na Paraíba, que poderia ser prejudicada por Cunha. Ele confirmou que vai renunciar, mas disse que é apenas por uma questão de ter mais tempo na agenda para fazer campanha em sua cidade.

Os membros do colegiado pretendiam colocar em votação nesta terça uma consulta que previa novas regras para substituição de membros titulares e suplentes e acabar com as sucessivas trocas no grupo. O assunto não entrou em pauta porque a sessão se estendeu com o depoimento de uma testemunha de defesa de Cunha.

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