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PP-RS lança Ana Amélia ao governo e aliança com PSDB

Senadora foi oficializada como candidata na coligação que também tem o PSDB, o Solidariedade e o PRB

Ana Amélia (PP) em votação simbólica no plenário do Senado (José Cruz/ABr)

Ana Amélia (PP) em votação simbólica no plenário do Senado (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2014 às 21h10.

Última atualização em 3 de agosto de 2018 às 10h40.

Porto Alegre - A senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS) foi oficializada nesta sexta-feira, 27, como candidata ao governo do Rio Grande do Sul na coligação que também tem o PSDB, o Solidariedade e o PRB.

A convenção estadual do PP reuniu, na Assembleia Legislativa do Estado, centenas de correligionários e representantes das legendas aliadas, entre eles o candidato a vice-governador, Cassiá Carpes (SDD).

Mais cedo, a senadora esteve nas convenções estaduais do PSDB e do Solidariedade, realizadas também na capital gaúcha.

Em todos os locais onde passou, Ana Amélia fez discursos destacando a "esperança", que será o lema de sua campanha, e falou da importância de fazer uma campanha municipalizada, com a força de todas as regiões do RS.

Também lembrou a festa em Porto Alegre que marcou o lançamento de seu nome como pré-candidata, há cerca de um mês, e que teve a presença do tucano Aécio Neves.

Apesar de Ana Amélia reafirmar e exaltar o apoio ao candidato do PSDB à Presidência da República, a participação direta de Aécio na campanha da gaúcha está em risco.

Na manhã de hoje, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou o pedido de liminar para suspender a decisão do Partido Progressista que aprovou, na quarta-feira, 25, o apoio da legenda à reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Os diretórios do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais, que defendem a neutralidade do PP na disputa presidencial, haviam recorrido ao TSE na tentativa de sustar os efeitos da decisão do partido de se aliar ao PT.

Ana Amélia reconheceu que, sem a neutralidade, será mais complicado que os Estados tenham o direito de usar a imagem dos candidatos que apoiam em suas propagandas de campanha.

"Vamos ter que respeitar a lei. É uma situação que também vive o PMDB, porque o diretório nacional apoia a Dilma e aqui eles apoiam o Eduardo Campos (PSB). Nós estamos na mesma situação, e talvez possamos discutir em conjunto o que fazer", disse em evento em Porto Alegre hoje de manhã.

Senado

A convenção estadual do PP serviu para confirmar o deputado estadual Cassiá Carpes (SDD) como vice na chapa majoritária e também para acabar com o suspense em torno do tome do candidato ao Senado.

Como o PSDB não conseguiu chegar a um consenso sobre o nome que concorreria, Ana Amélia acabou indicando a empresária Simone Leite (PP), vice-presidente da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul), que concorrerá a um cargo público pela primeira vez.

A vaga da chapa ao Senado é considerada "café com leite" nos bastidores do PP. O partido não tem a pretensão de ganhar esta disputa, tendo em vista as fortes candidaturas de Olívio Dutra (PT), Lasier Martins (PDT) e Beto Albuquerque (PSB).

Os progressistas preferem se concentrar na corrida pelo Palácio Piratini, e por isso foi tão difícil convencer um nome que tem uma trajetória política consolidada a se aventurar na campanha pelo Senado.

O deputado federal Nelson Marchezan Júnior (PSDB), por exemplo, negou o convite, com medo de perder seu eleitorado. Preferiu tentar novamente uma cadeira na Câmara.

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