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Posse do novo diretor-geral da PF será no dia 20

Fernando Segóvia foi anunciado nesta quarta-feira, 8, como o substituto de Leandro Daiello no comando da Polícia Federal

PF: o delegado é advogado formado pela Universidade de Brasília, com experiência de 22 anos na carreira (Vagner Rosário/VEJA)

PF: o delegado é advogado formado pela Universidade de Brasília, com experiência de 22 anos na carreira (Vagner Rosário/VEJA)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de novembro de 2017 às 20h50.

São Paulo - O novo diretor-geral da Polícia Federal, delegado Fernando Segóvia, toma posse no próximo dia 20. Em nota divulgada nesta quarta-feira, 8, a PF informou que até lá "tanto o dr. Fernando Segóvia quanto o dr. Leandro Daiello cuidarão da transição administrativa do órgão".

O local da posse ainda será definido, segundo a Polícia Federal. Fernando Segóvia foi anunciado nesta quarta-feira, 8, como o substituto de Leandro Daiello no comando da Polícia Federal, segundo revelou a jornalista Eliane Cantanhêde, do Estadão.

O delegado é advogado formado pela Universidade de Brasília, com experiência de 22 anos na carreira. Foi superintendente regional da PF no Maranhão e adido policial na República da África do Sul, tendo exercido parcela importante de sua carreira em diferentes funções de inteligência nas fronteiras do Brasil.

Um novo nome para a diretoria-geral da PF já era negociado desde maio, quando o ministro da Justiça, Torquato Jardim, assumiu a pasta. Alegando estar cansado, o diretor-geral da PF - que é responsável pelas principais investigações de combate à corrupção - pôs o cargo à disposição e disse que iria se aposentar.

A pressão do PMDB sobre ministro para que trocasse o comando da pasta se intensificou desde a deflagração da Operação Tesouro Perdido, no dia 5 de setembro, que descobriu o bunker dos R$ 51 milhões atribuídos ao ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA).

Além disso, o Palácio do Planalto também não escondeu a irritação com o "vazamento" de um relatório da Polícia Federal sobre o chamado "quadrilhão do PMDB", que embasou a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer enterrada em votação na Câmara Federal.

O Planalto chegou a cotar Rogério Galloro, número 2 de Daiello, que chegou a ser fotografado em um almoço com Torquato e o diretor-geral. No entanto, ele vai assumir a diretoria Américas da Interpol.

Além de Galloro, Torquato havia dito, em entrevista, que outros dois delegados estariam cotados para a sucessão. A reportagem apurou que um deles era o ex-superintendente da PF no Maranhão, o delegado Fernando Segóvia.

Na PF, o delegado enfrentava resistências para ocupar o posto por causa da relação com o ex-presidente José Sarney. Nos bastidores, Segóvia era visto como o nome que o PMDB queria indicar para a vaga de Daiello.

Segóvia assumiu a Superintendência da Polícia Federal no Maranhão em agosto de 2008.

Entre as operações conduzidas por ele estão a Rapina III, que prendeu, em 2009, 24 pessoas envolvidas em um esquema de fraudes em contratos públicos nas áreas de saúde e educação, que agiam em três cidades do interior do Maranhão.

Durante um ano e meio de investigações, os agentes apuraram desvio de R$ 30 milhões dos cofres públicos. A operação da PF atingiu três municípios onde as fraudes teriam ocorrido - Imperatriz, Ribamar Fiquene e Senador La Rocque - e também a capital, São Luís.

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