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Por que o Ministério do Planejamento é alvo da Lava Jato

A Polícia Federal apura desvios de até 52 milhões de reais em contratos do Ministério; repasses teriam persistido até julho de 2015

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	Lava Jato: vantagens ilícitas foram obtidas por contratos de crédito consignado no âmbito do Ministério
 (Elza Fiúza/Agência Brasil)

Lava Jato: vantagens ilícitas foram obtidas por contratos de crédito consignado no âmbito do Ministério (Elza Fiúza/Agência Brasil)

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Valéria Bretas

Publicado em 13 de agosto de 2015 às, 14h19.

São Paulo - A 18ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na manhã de hoje, avançou nas investigações para além do esquema de corrupção da Petrobras. O alvo da vez é o Ministério do Planejamento

A Polícia Federal apura desvios de até 52 milhões de reais em contratos de crédito consignado a servidores federais junto ao Ministério. 

Segundo as investigações, o grupo Consist Software era responsável por repassar os valores desviados aos operadores da Lava Jato. Os executivos da empresa também estão sendo investigados, de acordo com a PF. 

Alexandre Romano, ex-vereador do PT em Americana (SP), e o lobista  Milton Pascowitch eram responsáveis por arrecadar o dinheiro desviado.

Segundo a PF, mais de 20% dos valores desviados foram repassados à empresa Jamp Engenheiros, do operador Milton Pascowitch. Depois, o dinheiro seguiu João Vaccari Neto, que então ocupava o cargo de tesoureiro do PT. Vaccari é quem teria coordenado o esquema.

Depois que o contrato de empréstimo era firmado (por meio de facilitações do Ministério em parceria com a Associação Brasileira de Bancos), ele era gerenciado pela Consist - que recebia uma taxa por cada empréstimo concluído.

Cerca de 40% do faturamento das empresas de fachada era repassado a Romano, preso nesta quinta-feira. "A Pixuleco 2 ainda pode revelar valores ainda maiores nos desvios cometidos pelo Ministério do Planejamento", diz o procurador da República, Roberson Pozzobon.

A atividade de Romano consistia em indicar empresas de fachada que não ofereciam os serviços descritos em nota fiscal - elas serviam apenas para a lavagem de dinheiro que ocorreu de meados de 2010 até julho deste ano. Os repasses do grupo Consist para as empresas indicadas por Romano persistiram até julho de 2015. 

Cássia Gomes, viúva do ex-secretário de Recursos Humanos do Ministério, Duvanier Paiva Ferreira, também é alvo de investigação da PF. Duvanier, que faleceu em janeiro de 2012, era encarregado da gestão dos servidores públicos e federais. Ela é suspeita de receber o valor mensal de 30 mil reais por colaborar no esquema de corrupção nos contratos de crédito. 

A ação mobilizou 70 policiais federais para cumprir os mandatos nos estados de Brasília, Porto Alegre, Curitiba e São Paulo na manhã desta quinta-feira. 

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