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Por pressão de militares, Itamaraty desconvida embaixadora de Guaidó

Ala militar considerou que a cerimônia seria uma provocação desnecessária ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro

María Teresa Belandria: representante continua tendo status de embaixadora de Guaidó para o governo brasileiro (Ricardo Moraes/Reuters)

María Teresa Belandria: representante continua tendo status de embaixadora de Guaidó para o governo brasileiro (Ricardo Moraes/Reuters)

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Reuters

Publicado em 31 de maio de 2019 às 10h03.

O governo do presidente Jair Bolsonaro desconvidou a representante no Brasil do líder da oposição venezuelana e autoproclamado presidente interino do país, Juan Guaidó, da cerimônia de entrega de credenciais diplomáticas na semana que vem, segundo os jornais Folha de S.Paulo e O Globo desta sexta-feira.

De acordo com os jornais, o Itamaraty retirou o convite a María Teresa Belandria após sofrer pressão da ala militar do governo, que considerou que a apresentação das credenciais ao presidente da República — que marca o início da missão de um embaixador como representante de seu país — seria uma provocação desnecessária ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

O Brasil, ao lado dos Estados Unidos e da maioria dos países da América Latina, reconheceu Guaidó como presidente interino da Venezuela depois que o líder de oposição se autodeclarou chefe de Estado interino alegando que a reeleição de Maduro no ano passado foi obtida em uma eleição fraudulenta.

Maduro, por sua vez, acusa Guaidó de ser uma marionete dos EUA que busca derrubar o seu governo.

Belandria disse ao jornal O Globo que o apoio do Brasil a Guaidó continua sendo "sólido, forte e decidido", e que será fixada uma "nova oportunidade para a Venezuela".

Segundo o jornal, ela continua tendo status de embaixadora para o governo brasileiro.

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