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População do interior é mais satisfeita com a vida, diz pesquisa

Dados também mostram que é no interior onde se tem menos medo de perder o emprego

Índice de Satisfação com a Vida foi maior em cidades do interior (SXC.Hu/Thinkstock)

Índice de Satisfação com a Vida foi maior em cidades do interior (SXC.Hu/Thinkstock)

AB

Agência Brasil

Publicado em 5 de janeiro de 2018 às 14h11.

O Índice de Satisfação com a Vida, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), constatou que a população mais satisfeita com a vida reside nos municípios do interior do país.

Foi lá onde se atingiu maior pontuação, 66,9 pontos, de uma escala de 0 a 100. Os menos satisfeitos são os que vivem nas periferias, 62 pontos. A pontuação obtida por residentes nas capitais ficou em 64,7 pontos.

Também é no interior onde se tem menos medo de perder o emprego, segundo o Índice de Medo do Desemprego. Lá o índice registrado ficou em 64,5 pontos, enquanto nas capitais e periferias esse índice ficou em 67,5 pontos.

O brasileiro estava com menos medo de perder o emprego em dezembro do que em setembro de 2017.

No entanto, segundo o Índice de Medo do Desemprego e o Índice de Satisfação com a Vida, divulgados nesta sexta-feira (5) pela CNI, o brasileiro está mais preocupado com essa possibilidade, se comparado a dezembro de 2016.

De acordo com o levantamento, o índice relativo a medo de desemprego estava em 65,7 pontos em dezembro de 2017. O valor representa uma queda de 2 pontos em relação a setembro do mesmo ano.

Na comparação com dezembro de 2016, no entanto, o índice representa uma alta de 0,9 ponto - o que significa que o medo do desemprego aumentou.

De acordo com a CNI, o valor está "muito acima da média histórica", que é de 48,8 pontos, e que a alta de 0,9 ponto indica "persistência da insegurança em relação à recuperação do mercado de trabalho".

A economista da CNI Maria Carolina Marques justifica essa alta explicando que o emprego reage "de forma defasada" à recuperação da economia, e que as empresas contratam somente quando têm segurança de que o crescimento será sustentado.

"A população percebe essa demora na reação do mercado de trabalho e o medo do desemprego continua elevado. À medida que o crescimento econômico se mostrar sustentado, o resultado no emprego deve aparecer com maior intensidade e o medo do desemprego deve ceder", disse a economista.

A pesquisa da CNI apontou também que a satisfação do brasileiro com a vida diminuiu entre setembro e dezembro do ano passado, atingindo 65,6 pontos em dezembro.

O valor é 0,4 ponto menor do que o registrado em setembro e 1,2 ponto abaixo do registrado em dezembro de 2016.

O Índice de Satisfação com a Vida é também inferior à média histórica, de 69,9 pontos.

O levantamento da CNI, realizado a cada três meses, foi feito entre 7 e 10 de dezembro de 2017, com 2 mil pessoas, em 127 municípios.

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