Brasil

Política externa é tema de reuniões de Bolsonaro com embaixadores

Nesta quinta-feira, o presidente eleito se reúne com o embaixador da Espanha no Brasil e, mais tarde, com o embaixador dos Estados Unidos no Brasil

Jair Bolsonaro: presidente eleito se encontrará com embaixadores nesta quinta-feira (Ricardo Moraes/Pool/Reuters)

Jair Bolsonaro: presidente eleito se encontrará com embaixadores nesta quinta-feira (Ricardo Moraes/Pool/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 1 de novembro de 2018 às 07h41.

A agenda do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), no Rio de Janeiro, inclui nesta quinta-feira (1º) o tema política externa. Inicialmente, ele se reúne com o embaixador da Espanha no Brasil, Manuel de la Comara Hermoso. Depois, à tarde, será a vez de conversar com o embaixador dos Estados Unidos (EUA) no Brasil, P. Michael McKinley.

Com forte representação na União Europeia, a Espanha é um parceiro importante para o Brasil, no momento em que o Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, suspensa temporariamente) tenta negociar um acordo de cooperação com o bloco europeu.

Em processo de articulação há 18 anos, o acordo envolve mais de 300 pontos e várias divergências. As dificuldades principais cercam os setores automotivo, de propriedade intelectual, em especial as regras de patentes de medicamentos, indicações geográficas e os serviços marítimos

EUA

No caso dos Estados Unidos (EUA), o embaixador P. Michael McKinley está deixando Brasília para assumir de forma definitiva as funções de assessor do chefe do Departamento de Estado norte-americano, Mike Pompeo.

Há três meses, P. Michael McKinley acumula as funções de embaixador no Brasil e também de assessor de Pompeo. Ontem (31), seguranças norte-americanos estiveram no condomínio onde mora Bolsonaro para verificar o local e observar eventuais ameaças e riscos.

Afinidade

Em várias entrevistas concedidas após as eleições, Bolsonaro disse ter admiração pelo presidente norte-americano, Donald Trump, e que irá aos Estados Unidos. Ele pretende viajar na companhia do general da reserva Augusto Heleno, confirmado para a pasta da Defesa, e de Paulo Guedes, que assumirá o superministério da Economia.

Trump e Bolsonaro conversaram por telefone após o resultado das eleições. Nos Estados Unidos, o presidente eleito disse que quer tratar de acordos na área militar, negociações comerciais e questões regionais. Assim como o norte-americano, Bolsonaro é crítico do governo de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela.

Há ainda a preocupação com a Nicarágua, que desde abril vive em clima de confronto entre civis e agentes do Estado. As manifestações são rotineiras e há denúncias de desrespeito aos direitos humanos e à liberdade de expressão.

No último dia 29, logo após a eleição, Pompeo telefonou para Bolsonaro para parabenizá-lo. Em nota, o Departamento de Estado reiterou a parceria entre os dois países.

Acompanhe tudo sobre:DiplomaciaDonald TrumpEspanhaEstados Unidos (EUA)ItamaratyJair Bolsonaro

Mais de Brasil

Após jovem baleada, Lewandowski quer acelerar regulamentação sobre uso da força por policiais

Governadores avaliam ir ao STF contra decreto de uso de força policial

Queda de ponte: dois corpos são encontrados no Rio Tocantins após início de buscas subaquáticas

Chuvas intensas atingem Sudeste e Centro-Norte do país nesta quinta; veja previsão do tempo