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Policiais envolvidos em esquema de propina são presos no RJ

Até o momento, 21 policiais, incluindo ex-comandante coronel, foram presos em uma operação para desarticular um esquema de propinas na Zona Oeste do Rio

Viatura da PM do Rio: entre os presos figuram 6 oficiais superiores da PM (Tânia Rêgo/ABr)
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Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2014 às 13h06.

Rio de Janeiro - Até o momento, 21 policiais , incluindo o terceiro na hierarquia da Polícia Militar do Rio de Janeiro , foram presos em uma operação para desarticular um esquema de propinas na Zona Oeste.

Entre os presos figuram seis oficiais superiores da PM, incluindo o ex-comandante coronel Alexandre Fontenelle Ribeiro de Oliveira, chefe do Comando de Operações Especiais (COE), a quem estão subordinados os batalhões de Operações Especiais ( Bope ), de Choque e de Ações com Cães.

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A operação é feita pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), em parceria com a Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Eles cumprem 25 mandados de prisão, sendo 24 contra policiais militares, além de 43 mandados de buscas e apreensões.

A quadrilha é acusada de cobrar propina a empresas de ônibus, cooperativas de kombis e de mototaxistas, empresa de gás e comerciantes de Bangu em troca de ignorar várias irregularidades cometidas pelos empresários.

O grupo atuou entre 2012 e 2013 e exigia subornos que variavam entre R$ 30 e R$ 2.600, que eram cobrados semanal ou mensalmente.

A investigação foi feita com base em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, diferentes documentos e depoimentos das vítimas.

"Os policiais envolvidos na quadrilha prejudicavam o policiamento ostensivo no bairro de Bangu, deixando de servir à população, ignorando o combate ao transporte irregular de pessoas por vans ou kombis em situação ilegal, por mototaxistas, inclusive pelo uso de motocicletas com a documentação irregular, roubadas, furtadas ou com chassis adulterados", segundo um comunicado da secretaria de Segurança Pública.

A ação de hoje leva o nome de Compadre 2 e é um desdobramento da Operação Compadre realizada em abril deste ano pela Subsecretaria de Inteligência da SSP.

Na época, foram cumpridas 78 mandados de prisão, sendo 53 contra policiais, para desarticular a quadrilha que cobrava propina a feirantes e comerciantes com mercadorias ilícitas na região.

Os acusados responderão na 1ª Vara Criminal de Bangu por crime de associação criminosa armada, delito que não consta do Código Penal Militar, e que gera de dois a seis anos de prisão.

No Ministério Público eles responderão por diversos crimes de concussão, que serão apurados pela Auditoria de Justiça Militar Estadual.

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