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Policiais do RJ recebem prêmio por bom desempenho

Policiais que atingiram as metas de queda dos indicadores estratégicos de criminalidade no estado do RJ foram premiados pelo governo, com bônus em dinheiro

Policiais no Rio de Janeiro: R$ 28 milhões beneficiaram 3.648 policiais no modelo de gestão por desempenho (Antonio Scorza/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2014 às 14h36.

Rio de Janeiro - Policiais civis e militares que atingiram as metas de queda dos indicadores estratégicos de criminalidade no estado do Rio de Janeiro foram premiados hoje (16), pelo governo do estado, com bônus em dinheiro.

A quantia de R$ 28 milhões beneficiou 3.648 policiais no modelo de gestão por desempenho, o Sistema de Metas e Acompanhamento de Resultados (SIM), da Secretaria de Estado de Segurança (Seseg). A premiação é referente ao primeiro semestre deste ano.

O objetivo do SIM é desenvolver ações integradas de prevenção e controle qualificado do crime, nas suas respectivas regiões, por meio do estabelecimento de metas para a diminuição da incidência dos Indicadores Estratégicos de Criminalidade.

O sistema, segundo a Seseg, otimiza os recursos disponíveis e possibilita o uso compartilhado de informações e do desenvolvimento de estratégias de integração e cooperação regionais.

Para o comandante-geral da Polícia Militar (PM), Íbis Silva Pereira, a política de metas é uma das grandes conquistas para os policiais com o estímulo para a instituição.

Segundo Íbis, o sistema de metas deve continuar no próximo ano para tentar diminuir os indicadores cada vez mais.

"É uma experiência que tem sido exitosa e eu acho que acima de tudo significa o uso científico dos recursos colocados a disposição das forças de segurança. Isso contribui para que o policial perceba que o seu trabalho está sendo mais valorizado”, defende o comandante da PM. Ele ressaltou, no entanto, que o bônus deve ser analisado como um estímulo ao trabalho policial.

“A polícia não trabalha só por isso, mas não deixa de ser uma sinalização importante”.

Os maiores destaques na diminuição dos índices de criminalidade ocorreram no interior do estado e na zona oeste.

Os indicadores levados em consideração para a premiação foram: letalidade violenta – que compreende homicídio doloso, auto de resistência, latrocínio e lesão corporal seguida de morte –, roubo de veículo e roubo de rua – roubo a transeunte, roubo de celular e roubo em coletivo.

São Paulo - Conceitualmente, especialistas afirmam que uma cidade vive níveis de epidemia de violência quando a taxa de assassinatos passa de 10 para cada 100 mil habitantes. Não é nada tranquilizador constatar, portanto, que praticamente todas as grandes cidades brasileiras - aquelas com mais de 500 mil habitantes - estão acima desse patamar. De um total de 39, apenas São Bernardo do Campos (SP) se salva, ainda que por uma margem bem apertada.   Com a ajuda dos dados do Mapa da Violência de 2013, EXAME.com analisou a situação de todas as maiores cidades do país - e o quanto a taxa de cada uma delas representa diante do nível mínimo epidêmico.  Apesar desse quadro, é preciso lembrar que a situação das grandes cidades é ainda muito melhor que a de municípios pequenos e médios, em geral (veja a prova na lista das 300 cidades mais perigosas do Brasil ). De acordo com o professor da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, Julio Jacobo Waiselfiz, que elabora anualmente o estudo, considera-se normal que uma cidade que registre até 5 mortes a cada 100 mil habitantes. Para ele, a população nessas condições tem confiança no aparelho estatal de segurança que, por sua vez, dá conta dos crimes. Já entre 6 a 10 homicídios/100 mil habitantes, existe uma sensação de insegurança e intraquilidade, e os moradores começam a evitar andar por certas vias em determinados horários. Surge também a necessidade de contratar segurança particular e o clima é de medo.  A partir de 10 mortes registradas a cada 100 mil habitantes, já se considera que a cidade vive uma epidemia de violência. "O clima é de total intranqulidade, há regiões dominadas pelo crime e pela violência onde a polícia não entra e o exército é chamado para fazer operações especiais", explica Waiselfiz.Segundo o professor, uma das piores consequências de quando uma cidade atinge o nível epidêmico é que a criminalidade começa a cooptar o aparelho do estado. "Eles começam a introduzir representantes dentro do estado (na polícia e nos três poderes) para garantir seus interesses", afirma.Veja nas fotos o tamanho da epidemia nas grandes cidades brasileiras.
  • 2. 1º Maceió (AL) - 11x índice de epidemia

    2 /33(Pedro Trindade/Creative Commons)

  • Veja também

    População: 943.110
    Nº de homicídios (entre 2009 e 2011): 2.951
    Taxa de homicídios: 111,1 (por 100 mil hab.)O índice de assassinatos em Maceió é 11 vezes maior que o índice mínimo para violência ser considerada epidêmica.
  • 3. 2ºJoão Pessoa (PB) - 8,6x índice de epidemia

    3 /33(Wikipedia / Pbendito)

  • População: 733.155
    Nº de homicídios (entre 2009 e 2011): 1.729
    Taxa de homicídios: 86,3 (por 100 mil hab.)O índice de assassinatos em João Pessoa é 8,6 vezes maior que o índice mínimo para violência ser considerada epidêmica.
  • 4. 3º Salvador (BA) - 6,2x índice de epidemia

    4 /33(Wikimedia Commons)

    População: 2.693.606
    Nº de homicídios (entre 2009 e 2011): 5.401
    Taxa de homicídios: 62 (por 100 mil hab.)O índice de assassinatos em Salvador é 6,2 vezes maior que o índice mínimo para violência ser considerada epidêmica.
  • 5. 4º Duque de Caxias (RJ) - 6x índice de epidemia

    5 /33(Divulgação/ Prefeitura de Duque de Caxias)

    População: 861.158
    Nº de homicídios (entre 2009 e 2011): 1.677
    Taxa de homicídios: 60,3 (por 100 mil hab.)O índice de assassinatos em Duque de Caxias é 6 vezes maior que o índice mínimo para violência ser considerada epidêmica.
  • 6. 5º Recife (PE) - 5,7x índice de epidemia

    6 /33(Shaun Botterill/Getty Images)

    População: 1.546.516
    Nº de homicídios (entre 2009 e 2011): 2.888
    Taxa de homicídios: 57,1 (por 100 mil hab.)O índice de assassinatos em Recife é 5,7 vezes maior que o índice mínimo para violência ser considerada epidêmica.
  • 7. 6º Manaus (AM) - 5,6x índice de epidemia

    7 /33(Wikimedia Commons)

    População: 1.832.424
    Nº de homicídios (entre 2009 e 2011): 2.627
    Taxa de homicídios: 56,2 (por 100 mil hab.)O índice de assassinatos em Manaus é 5,6 vezes maior que o índice mínimo para violência ser considerada epidêmica.
  • 8. 7º São Luís (MA) - 5,5x índice de epidemia

    8 /33(Wikimedia Commons)

    População: 1.027.430
    Nº de homicídios (entre 2009 e 2011): 1661
    Taxa de homicídios: 55,4 (por 100 mil hab.)O índice de assassinatos em São Luís é 5,5 vezes maior que o índice mínimo para violência ser considerada epidêmica.
  • 9. 8º Fortaleza (CE) - 5,4x índice de epidemia

    9 /33(Divulgação)

    População: 2.476.589
    Nº de homicídios (entre 2009 e 2011): 3.507
    Taxa de homicídios: 54 (por 100 mil hab.)O índice de assassinatos em Fortaleza é 5,4 vezes maior que o índice mínimo para violência ser considerada epidêmica.
  • 10. 9º Feira de Santana (BA) - 5,3x índice de epidemia

    10 /33(Andrevruas/AFP)

    População: 562.466
    Nº de homicídios (entre 2009 e 2011): 926
    Taxa de homicídios: 53 (por 100 mil hab.)O índice de assassinatos em Feira de Santana é 5,3 vezes maior que o índice mínimo para violência ser considerada epidêmica.
  • 11. 10º Goiânia (GO) - 4,9x índice de epidemia

    11 /33(Wikimedia Commons)

    População: 1.318.149
    Nº de homicídios (entre 2009 e 2011): 1.698
    Taxa de homicídios: 49,8 (por 100 mil hab.)O índice de assassinatos em Goiânia é 4,9 vezes maior que o índice mínimo para violência ser considerada epidêmica.
  • 12. 11º Natal (RN) - 4,9x índice de epidemia

    12 /33(Beraldo Leal/Wikimedia)

    População: 810.780
    Nº de homicídios (entre 2009 e 2011): 1030
    Taxa de homicídios: 49 (por 100 mil hab.)O índice de assassinatos em Natal é 4,9 vezes maior que o índice mínimo para violência ser considerada epidêmica.
  • 13. 12º Aracaju (SE) - 4,7x índice de epidemia

    13 /33(Wikimedia Commons)

    População: 579.563
    Nº de homicídios (entre 2009 e 2011): 766
    Taxa de homicídios: 47,6 (por 100 mil hab.)O índice de assassinatos em Aracaju é 4,7 vezes maior que o índice mínimo para violência ser considerada epidêmica.
  • 14. 14º Aparecida de Goiânia (GO) - 4,7x índice de epidemia

    14 /33(Divulgação/ Prefeitura de Aparecida de Goiânia)

    População: 465.093
    Nº de homicídios (entre 2009 e 2011): 580
    Taxa de homicídios: 47,9 (por 100 mil hab.)O índice de assassinatos em Aparecida de Goiânia é 4,7 vezes maior que o índice mínimo para violência ser considerada epidêmica.
  • 15. 15º Curitiba (PR) - 4,7x índice de epidemia

    15 /33(Francisco Anzola/Wikimedia Commons)

    População: 1.764.541
    Nº de homicídios (entre 2009 e 2011): 2.835
    Taxa de homicídios: 47,2 (por 100 mil hab.)O índice de assassinatos em Curitiba é 4,7 vezes maior que o índice mínimo para violência ser considerada epidêmica.
  • 16. 16º Nova Iguaçu (RJ) - 4,6x índice de epidemia

    16 /33(Gerson Tavares/Flickr)

    População: 799.047
    Nº de homicídios (entre 2009 e 2011): 1.062
    Taxa de homicídios: 46,8 (por 100 mil hab.)O índice de assassinatos em Nova Iguaçu é 4,6 vezes maior que o índice mínimo para violência ser considerada epidêmica.
  • 17. 19º Belo Horizonte (MG) - 4x índice de epidemia

    17 /33(WikimediaCommons)

    População: 2.385.640
    Nº de homicídios (entre 2009 e 2011): 2.712
    Taxa de homicídios: 40,3 (por 100 mil hab.)O índice de assassinatos em Belo Horizonte é 4 vezes maior que o índice mínimo para violência ser considerada epidêmica.
  • 18. 20º Contagem (MG) - 3,9x índice de epidemia

    18 /33(Truu/Wikimedia Commons)

    População: 608.715
    Nº de homicídios (entre 2009 e 2011): 705
    Taxa de homicídios: 39,3 (por 100 mil hab.)O índice de assassinatos em Contagem é 3,9 vezes maior que o índice mínimo para violência ser considerada epidêmica.
  • 19. 21º Brasília (DF) - 3,7x índice de epidemia

    19 /33(Dado Galdieri/Bloomberg)

    População: 2.609.998
    Nº de homicídios (entre 2009 e 2011): 2.864
    Taxa de homicídios: 37,4 (por 100 mil hab.)O índice de assassinatos em Brasília é 3,7 vezes maior que o índice mínimo para violência ser considerada epidêmica.
  • 20. 22º Porto Alegre (RS) - 3,6x índice de epidemia

    20 /33(Eurivan Barbosa/ Wikimedia Commons)

    População: 1.413.094
    Nº de homicídios (entre 2009 e 2011): 1.618
    Taxa de homicídios: 36,9 (por 100 mil hab.)O índice de assassinatos em Porto Alegre é 3,6 vezes maior que o índice mínimo para violência ser considerada epidêmica.
  • 21. 23º Teresina (PI) - 3,3x índice de epidemia

    21 /33(GettyImages)

    População: 822.364
    Nº de homicídios (entre 2009 e 2011): 743
    Taxa de homicídios: 33,4 (por 100 mil hab.)O índice de assassinatos em Teresina é 3,3 vezes maior que o índice mínimo para violência ser considerada epidêmica.
  • 22. 24º Uberlândia (MG) - 2,9x índice de epidemia

    22 /33(Wikimedia Commons)

    População: 611.904
    Nº de homicídios (entre 2009 e 2011): 488
    Taxa de homicídios: 29,9 (por 100 mil hab.)O índice de assassinatos em Ribeirão Preto é 2,9 vezes maior que o índice mínimo para violência ser considerada epidêmica.
  • 23. 25º São Gonçalo (RJ) - 2,9x índice de epidemia

    23 /33(Felipe Ventura dos Santos/Flickr)

    População: 1.008.065
    Nº de homicídios (entre 2009 e 2011): 1.020
    Taxa de homicídios: 29,0 (por 100 mil hab.)O índice de assassinatos em São Gonçalo é 2,9 vezes maior que o índice mínimo para violência ser considerada epidêmica.
  • 24. 27º Rio de Janeiro (RJ) - 2,3x índice de epidemia

    24 /33(REUTERS/Pilar Olivares)

    População: 6.355.949
    Nº de homicídios (entre 2009 e 2011): 5.183
    Taxa de homicídios: 23,1 (por 100 mil hab.)O índice de assassinatos em Rio de Janeiro é 2,3 vezes maior que o índice mínimo para violência ser considerada epidêmica.
  • 25. 28º Guarulhos (SP) - 2,1x índice de epidemia

    25 /33(Wikimedia Commons)

    População: 1.233.436
    Nº de homicídios (entre 2009 e 2011): 775
    Taxa de homicídios: 21,8 (por 100 mil hab.)O índice de assassinatos em Guarulhos é 2,1 vezes maior que o índice mínimo para violência ser considerada epidêmica.
  • 26. 29º Campo Grande (MS) - 2,1x índice de epidemia

    26 /33(Wikimedia Commons)

    População: 796.252
    Nº de homicídios (entre 2009 e 2011): 557
    Taxa de homicídios: 21,4 (por 100 mil hab.)O índice de assassinatos em Campo Grande é 2,1 vezes maior que o índice mínimo para violência ser considerada epidêmica.
  • 27. 30º Osasco (SP) - 1,9x índice de epidemia

    27 /33(Chadner/ Wikimedia Commons)

    População: 667.826
    Nº de homicídios (entre 2009 e 2011): 457
    Taxa de homicídios: 19,6 (por 100 mil hab.)O índice de assassinatos em Osasco é 1,9 vezes maior que o índice mínimo para violência ser considerada epidêmica.
  • 28. 31º Sorocaba (SP) - 1,7x índice de epidemia

    28 /33(Wikimedia Commons)

    População: 593.776
    Nº de homicídios (entre 2009 e 2011): 306
    Taxa de homicídios: 17,3 (por 100 mil hab.)O índice de assassinatos em Sorocaba é 1,7 vezes maior que o índice mínimo para violência ser considerada epidêmica.
  • 29. 32º Campinas (SP) - 1,7x índice de epidemia

    29 /33(Wikimedia Commons)

    População: 1.090.386
    Nº de homicídios (entre 2009 e 2011): 557
    Taxa de homicídios: 17,1 (por 100 mil hab.)O índice de assassinatos em Campinas é 1,7 vezes maior que o índice mínimo para violência ser considerada epidêmica.
  • 30. 33º Joinville (SC) - 1,4x índice de epidemia

    30 /33(Wikimedia Commons)

    População: 520.905
    Nº de homicídios (entre 2009 e 2011): 248
    Taxa de homicídios: 14,6 (por 100 mil hab.)O índice de assassinatos em Joinville é 1,4 vezes maior que o índice mínimo para violência ser considerada epidêmica.
  • 31. 35º Juiz de Fora (MG) - 1,2x índice de epidemia

    31 /33(Wikimedia Commons)

    População: 520.811
    Nº de homicídios (entre 2009 e 2011): 174
    Taxa de homicídios: 12,7 (por 100 mil hab.)O índice de assassinatos em Juiz de Fora é 1,2 vezes maior que o índice mínimo para violência ser considerada epidêmica.
  • 32. 38º Ribeirão Preto (SP) -1x índice de epidemia

    32 /33(Wikipedia)

    População: 612.340
    Nº de homicídios (entre 2009 e 2011): 196
    Taxa de homicídios: 10,3 (por 100 mil hab.)O índice de assassinatos em Ribeirão Preto é 1 vez maior que o índice mínimo para violência ser considerada epidêmica.
  • 33. 39º São Bernardo do Campo (SP) - abaixo do índice

    33 /33(FABIANO ACCORSI/ Exame)

    População: 770.253
    Nº de homicídios (entre 2009 e 2011): 250
    Taxa de homicídios: 9,5 (por 100 mil hab.)São Bernardo do Campo é a única entre as grandes cidades brasileiras que está abaixo do índice mínimo para violência ser considerada epidêmica.
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