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Polícia vai investigar incêndio em favelas, diz Alckmin

Por volta das 21h deste domingo, o fogo se espalhou pelas Favelas do Piolho e da Chácara, localizadas na Avenida Jornalista Roberto Marinho


	Alckmin: ele disse que buscará parceria com Prefeitura para ajudar famílias que perderam moradias
 (Marcelo Camargo/ABr)

Alckmin: ele disse que buscará parceria com Prefeitura para ajudar famílias que perderam moradias (Marcelo Camargo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2014 às 16h02.

São Paulo - O governador Geraldo Alckmin (PSDB) informou nesta segunda-feira, 8, que a polícia investigará o incêndio em favelas no Campo Belo, zona sul de São Paulo.

"Vai haver uma investigação para verificar o que ocasionou o incêndio: se foi curto circuito, ou se foi excesso de carga", disse após realizar uma visita em uma feira de cosméticos no ExpoCenter Norte, na Vila Guilherme, zona norte da capital.

Por volta das 21h deste domingo, o fogo se espalhou pelas Favelas do Piolho e da Chácara, localizadas na Avenida Jornalista Roberto Marinho.

O Corpo de Bombeiros informou que uma perícia será realizada na área para averiguar a razão da ocorrência.

O incêndio forçou a saída de cerca de 500 famílias de suas casas às pressas e fez com que os moradores colocassem os pertences na via pública.

Apesar de não conhecer a causa oficial do incêndio, moradores relataram que problemas elétricos podem ter levado ao início do fogo.

Em uma das entradas das favelas, era notável o acúmulo de fios em um dos postes da rede pública.

Para o Corpo de Bombeiros, as estruturas de barracos contribuiu para que o fogo se espalhasse rapidamente.

"Comunidades como estas representam perigo iminente de incêndio pela quantidade de material combustível que têm em seu interior, como barracos de madeira", disse o coronel Sérgio Moretti, comandante do 1º Grupamento dos Bombeiros e chefe da operação na noite deste domingo, 7.

Água

Durante o combate às chamas, a reportagem do estado presenciou a tentativa dos bombeiros em acessar um hidrante na Rua Cristóvão Pereira, nas imediações das favelas.

O equipamento, no entanto, não abria para que se pudesse abastecer as viaturas. Um dos bombeiros relatou que, mesmo se conseguisse abrir o hidrante, não haveria água.

A razão para o problema não foi explicada e a população reclamou contra a demora no combate ao problema.

O governador negou nesta segunda-feira que tenha faltado água no momento que o Corpo de Bombeiros combatia o incêndio e afirmou que os problemas dos hidrantes localizados na região são de responsabilidade da Prefeitura.

"Não temos falta d'água em São Paulo. Não existe. E nem racionamento", disse o tucano.

Alckmin afirmou ainda que vai buscar fazer uma parceria com a Prefeitura para ajudar as famílias que perderam suas moradias no incêndio.

O coronel Sérgio Moretti reforçou que o problema no hidrante não afetou o trabalho das equipes.

"Não houve falta d'água. Recorremos a outros hidrantes e também contamos com o auxílio de prédios próximos que nos cederam água", informou o coronel Moretti.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que 36 viaturas agiram na operação, com 96 homens e 239 mil litros de água.

O combate foi iniciado às 21h de domingo, e o fogo foi controlado por volta da 0h30 desta segunda-feira.

Sobre o problema no hidrante, o governo esclareceu que "houve um problema operacional em um dos hidrantes".

"No entanto, tal problema não comprometeu os serviços de combate ao incêndio. É lamentável, por isso, perceber que alguns setores estão usando a imprensa, sabe-se lá com que fins, para atacar o respeitável trabalho do Corpo de Bombeiros", disse a nota.

Rescaldo

Nesta segunda-feira, o cenário era de total destruição nas favelas que foram tomadas pelo fogo. Desde as 6h da manhã, moradores voltaram ao local para tentar retirar os destroços carbonizados, limpar a área e começar a demarcar novamente os terrenos.

Dois abrigos receberam parte das famílias. Outra parte dos moradores, no entanto, recusou-se a deixar a região e montou barracas nas imediações da favela.

No fim da manhã desta segunda-feira, cerca de 30 pessoas chegaram a fechar a Roberto Marinho com tapumes de madeira, em protesto por melhores moradias.

Após conversas com a Polícia Militar, a via foi liberada. No início da tarde, bombeiros ainda estavam no local em operação de rescaldo do incêndio.

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