Confronto durante protesto no morro Pavão-Pavãozinho: de acordo com moradores, o garoto foi colocado em uma viatura e, depois, retirado do local (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 23 de abril de 2014 às 14h16.
Rio de Janeiro - A Polícia Civil realizou no início da manhã desta quarta-feira, 23, uma perícia na sede da Unidade de Polícia Pacificadora do Morro Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, zona sul do Rio, que foi atacada ontem à noite por manifestantes revoltados com a morte do morador Douglas Rafael da Silva, de 26 anos. Ele era dançarino do programa "Esquenta" da TV Globo.
O prédio da UPP não tem janelas danificadas, mas o toldo foi destruído durante o protesto. Próximo à UPP, ainda há três carros danificados. Dois tiveram vidros quebrados por tiros e um foi completamente incendiado.
"Trabalho como camelô e uso meu carro para guardar mercadorias. O vidro traseiro foi perfurado por uma bala disparada pela polícia. Eu estava aqui na hora e vi tudo. Não tinha traficante nenhum na rua", disse o dono de um Gol, que não quis se identificar.
Na parte alta da favela, ainda há muito entulho, usado como barricada durante a manifestação, espalhado pelas ruas. Algumas caçambas de lixo da Companhia Municipal de Limpeza Urbana foram incendiadas. Não há mais fogo, mas ainda sai fumaça delas. Na Estrada do Cantagalo, uma caçamba ainda está no meio da rua atrapalhando o tráfego de veículos até a parte mais alta.
PMs do Batalhão de Operações Especiais e do Batalhão de Choque continuam reforçando o patrulhamento na favela, que possui uma UPP desde dezembro de 2009.