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Polícia reafirma que caseiro está envolvido em caso Malhães

Em diligência hoje (6), integrantes da Comissão de Direitos Humanos do Senado conversaram com o suspeito, que negou ter se envolvido no crime


	Paulo Malhães: laudo do Instituto Médico-Legal (IML) com a causa da morte do ex-coronel, que deve ajudar a esclarecer o crime, será divulgado em dez dias
 (Divulgação/Comissão da Verdade)

Paulo Malhães: laudo do Instituto Médico-Legal (IML) com a causa da morte do ex-coronel, que deve ajudar a esclarecer o crime, será divulgado em dez dias (Divulgação/Comissão da Verdade)

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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2014 às 19h30.

Rio de Janeiro - A Polícia Civil do Rio de Janeiro reafirmou que o caseiro Rogério Pires teve participação na morte do coronel reformado do Exército Paulo Malhães.

Em diligência hoje (6), integrantes da Comissão de Direitos Humanos do Senado conversaram com o suspeito, que negou ter se envolvido no crime.

O caseiro está detido preventivamente na Delegacia Antissequetro, na zona sul do Rio.

O titular da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, Pedro Henrique Medina, disse que a participação do caseiro no crime "é irrefutável”.

A polícia acredita em caso de latrocínio (roubo seguido de morte). “O que eu posso falar, sobre o teor do depoimento dele, é que ele tem envolvimento no crime”, afirmou o delegado.

Medina também falou sobre o fato de Rogério Pires ter prestado depoimento sem a presença de um advogado, mesmo sendo analfabeto.

Segundo ele, todos os trâmites legais foram seguidos, embora possa ser questionado juridicamente.

“O Código de Processo Penal admite essa possibilidade”, disse. “Inclusive, o juiz oficiou a Defensoria [Pública]”, acrescentou.

Mais cedo, a presidente da comissão do Senado, Ana Rita (PT-ES), e os senadores João Capiberibe (PSB-AP) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) conversaram reservadamente com caseiro, que negou participação na ação.

“Ele não confessou o crime, disse que não participou de nada, não sabia de nada, não confirmou nada.”

Na avaliação de Ana Rita, as explicações dos delegados atendem às expectativas da comitiva. A preocupação, pelas circunstâncias do crime, é que tenha sido um caso de execução.

“O chefe da Polícia Civil nos disse que não descarta nenhuma linha de investigação”, informou.

A comissão pedirá um advogado, por meio da defensoria, para acompanhar o caseiro e solicitará proteção para a família dele até que o caso seja esclarecido. Dois suspeitos de envolvimento, parentes do caseiro, continuam foragidos.

O inquérito das investigações, com os primeiros depoimentos de Rogério Pires, tramita em segredo de Justiça e foi solicitado pelos senadores.

O laudo do Instituto Médico-Legal (IML) com a causa da morte do ex-coronel, que deve ajudar a esclarecer o crime, será divulgado em dez dias.

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