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Polícia prende suspeitos de furtar petróleo em dutos da Petrobras

O furto de óleo em dutos da Petrobras pode ter chegado a 30 milhões de litros este ano, de acordo com as investigações

Petrobras: o produto furtado é, em geral, refinado em unidadesclandestinas (Paulo Whitaker/Reuters)

Petrobras: o produto furtado é, em geral, refinado em unidadesclandestinas (Paulo Whitaker/Reuters)

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Reuters

Publicado em 22 de novembro de 2017 às 19h45.

Rio de Janeiro - Treze pessoas foram presas nesta quarta-feira no Rio de Janeiro e em outros dois Estados acusadas de integrar uma quadrilha suspeita de furtar petróleo de dutos da Petrobras, informou a polícia fluminense.

A operação Conexão Clandestina, que reuniu representantes da polícia e do Ministério Público, foi realizada no Rio de Janeiro e contou com a participação de agentes dos Estados de São Paulo e Goiás.

A polícia e o MP descartaram uma ligação direta entre o bando preso nesta quarta-feira e uma outra quadrilha descoberta este ano, que também fazia ligações clandestinas em dutos da estatal, visando furtar petróleo.

"Nossa investigação começou em abril, mas certamente eles já atuavam há mais tempo. Nosso ponto de partida foi uma bica (instalação clandestina para furto) em Magé", disse à Reuters o promotor Rogério Sá.

O produto furtado é, em geral, refinado em unidadesclandestinas.

"O furtos acontecem sempre em dutos que levam à Reduc e ou saem da Reduc (Refinaria Duque de Caxias-RJ). Essa atividade criminosa cresceu muito dada a lucratividade do negócio", adicionou ele.

Na operação desta quarta-feira, foram recuperados cerca de 1 milhão de litros de petróleo furtado, e suspeita-se que a quadrilha pode ter feito cerca de 200 ligações clandestinas em dutos da empresa ao longo dos últimos meses.

O furto de óleo em dutos da Petrobras pode ter chegado a 30 milhões de litros este ano, de acordo com as investigações.

A maioria dos furtos acontece em terrenos por onde passam dutos da Petrobras na Baixada Fluminense, onde está a Reduc.

Um dos envolvidos na quadrilha é um polícial militar do Estado do Rio de Janeiro. Ele foi preso na operação.

Um receptador da carga também foi preso na operação no Estado de Goiás.

Além do prejuízo da Petrobras, há um alto risco de dano ambiental e explosão, disse o promotor.

Os integrantes da quadrilha foram indiciados por crimes como organização criminosa, furto qualificado, receptação e falsidade ideológica.

O promotor disse que as autoridades vão continuar o trabalho para desbaratar outras quadrilhas que realizam este tipo de crime.

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