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Polícia ocupa favela de Vila Kennedy no Rio de Janeiro

Favelas de Vila Kennedy e da Metral, na zona oeste do Rio de Janeiro, foram ocupadas pela polícia

Policial faz revista na Vila Kennedy, Rio de Janeiro: ocupação das comunidades faz parte da política de pacificação iniciada em 2008 (Fernando Frazão/ABr)

Policial faz revista na Vila Kennedy, Rio de Janeiro: ocupação das comunidades faz parte da política de pacificação iniciada em 2008 (Fernando Frazão/ABr)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2014 às 14h03.

Rio de Janeiro - As favelas de Vila Kennedy e da Metral, na zona oeste do Rio de Janeiro, foram ocupadas nesta quinta-feira por 300 policiais para a instalação de uma Unidade da Polícia Pacificadora, a menos de cem dias para a Copa do Mundo 2014.

A operação começou às 5h e em apenas 20 minutos, sem nenhuma resistência, os soldados da Polícia Militar (PM) tomaram o controle da área.

A ocupação dos bairros faz parte da política de pacificação iniciada em 2008 para expulsar das favelas quadrilhas de traficantes que tomaram o controle das áreas.

A ocupação das comunidades faz parte da política de pacificação iniciada em 2008 para expulsar das favelas os traficantes que tinham o controle delas.

"Temos certeza que a comunidade Vila Kennedy precisa da pacificação e mais uma vez a polícia entrou para não sair", afirmou o secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, em entrevista coletiva depois da ocupação.

O governo estadual pediu que os moradores denunciem os esconderijos usados pelos traficantes, já que a operação trará "mais segurança e paz" ao lugar.

A política de pacificação prevê que até a Copa, que começa em 12 de junho, o Rio de Janeiro tenha pelo menos 40 UPPs em funcionamento e que todas as favelas da cidade estejam ocupadas até 2016, quando a cidade sediará os Jogos Olímpicos.

Questionado sobre a morte de três policiais em pouco mais de um mês no Complexo do Alemão, conjunto de favelas na zona norte da cidade já "pacificado", Beltrame negou a existência de problemas generalizados nas favelas ocupadas.

"Não temos problemas nas 38 UPPs. Temos ameaças ao programa (de pacificação) em duas áreas, que são as mais povoadas, próximas ou que ultrapassam os 100 mil habitantes", comentou Beltrame.

De acordo com o secretário, esses problemas são "difíceis de resolver por causa da tirania do tráfico, que atua com terror sobre os policiais quando se sentem ameaçados".

"Nosso programa é ousado. Entramos em verdadeiras megalópoles do crime", acrescentou.

*Atualizada às 14h02 do dia 13/03/2014

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