PF detalha operação para prisão de Pizzolato na Itália: governo brasileiro já comunicou informalmente as autoridades italianas que pedirá a extradição de Pizzolato (Valter Campanato/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 10 de fevereiro de 2014 às 20h21.
Módena - Oficiais da polícia da Itália acreditam que os equipamentos eletrônicos apreendidos quando da prisão do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, em Maranello, na Itália, podem conter informações inéditas sobre o caso mensalão. A revelação foi feita por uma fonte da Interpol envolvida na investigação.
"Temos provas sólidas sobre a falsificação de documentos, mas suspeitamos que haja informações sobre dinheiro e bens de Pizzolato na Europa, dentro do caso pelo qual ele foi acusado no Brasil", disse o policial, explicando por que precisa da colaboração da polícia brasileira. "O governo e a polícia italiana não conseguem examinar todas as informações por não compreenderem os meandros do caso brasileiro", explicou, referindo-se ao mensalão.
Nesta segunda-feira, 10, o diretor da Divisão de Cooperação Internacional da polícia italiana, Francesco Fallica, se reuniu por mais de três horas com o adido da Polícia Federal do Brasil em Roma, Disney Rosseti. Em nome do governo brasileiro, Rosseti solicitou acesso ao computador pessoal e a um tablet apreedidos com Pizzolato na cidade de Maranello. Para tanto, porém, o Ministério da Justiça do Brasil precisa fazer uma requisição formal à Justiça italiana, uma burocracia que pode levar de 24 horas a 48 horas. Conforme Rosseti, "há muito o que ser feito no caso".
Além disso, o governo brasileiro já comunicou informalmente as autoridades italianas que pedirá a extradição de Pizzolato. Estima-se que o prazo para uma resposta definitiva da Justiça e, a seguir, no Ministério da Justiça da Itália seja de 45 a 50 dias. O governo brasileiro tem 40 dias - a contar da prisão - para apresentar um pedido formal de extradição.