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Polícia investiga causas do deslizamento que matou sete pessoas em Recife

Moradores afirmaram terem visto canos da Companhia Pernambucana de Saneamento se romperem antes da tragédia

Tragédia: sete pessoas morreram no deslizamento ocorrido em Recife (TV Globo/Reprodução)
AB

Agência Brasil

Publicado em 25 de dezembro de 2019 às 09h19.

São Paulo - Equipes do governo de Pernambuco e especialistas técnicos estão apurando as causas do deslizamento de terra que matou sete pessoas e feriu três no bairro de Dois Unidos, no Recife . Eles vão auxiliar a Polícia Civil, que abriu inquérito para apurar a suspeita de que o rompimento de tubulações da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) tenha provocado a tragédia.

Moradores relataram terem visto dois canos da Compesa estourarem na localidade. A Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos de Pernambuco confirmou que não choveu na capital pernambucana na última noite e informou que desastres do tipo são raros em épocas não chuvosas.

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Segundo a Secretaria de Infraestrutura, o primeiro chamado para a Compesa foi feito às 3h05. Às 3h22, o Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estavam no local. Ao todo, informou o órgão, o governo pernambucano mobilizou 190 profissionais para atender às famílias na fase emergencial, oferecendo assistência social, financeira, além de qualquer outro apoio que for necessário.

A Compesa pôs 50 técnicos à disposição para atenderem a ocorrência e analisar o rompimento dos canos na encosta. A companhia afirmou que faz monitoramentos constantes do abastecimento de água na área, em contato com líderes comunitários, e negou ter havido registro de vazamentos no local. A Secretaria de Infraestrutura informou que está investindo R$ 200 milhões para monitorar os morros da região metropolitana do Recife.

Segundo o governo estadual, a Secretaria de Desenvolvimento Social de Pernambuco está prestando assistência às famílias dos falecidos e às demais vítimas. Os sete feridos foram levados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Nova Descoberta e para o Hospital da Restauração.

O deslizamento derrubou duas casas no alto do morro. A Defesa Civil interditou cinco imóveis próximos e orientou as famílias a deixarem o local.

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