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Polícia entra à força com presos no CDP de Sorocaba

Assim que os policiais se posicionaram, os agentes penitenciários em greve recuaram e permitiram a passagem dos presos


	Prisão: impasse, que teve início com a chegada do comboio, às 7 horas, só terminou às 16 horas, com a entrada forçada pela PM
 (Getty Images)

Prisão: impasse, que teve início com a chegada do comboio, às 7 horas, só terminou às 16 horas, com a entrada forçada pela PM (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de março de 2014 às 18h23.

Sorocaba - A Polícia Militar usou a força nesta quinta-feira, 20, para colocar trinta presos, transferidos da Cadeia Pública de São Roque, no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Aparecidinha, em Sorocaba.

Assim que os policiais se posicionaram, os agentes penitenciários em greve recuaram e permitiram a passagem dos presos. Foi preciso estourar o cadeado do portão para dar acesso ao caminhão-baú que levava os detentos.

O impasse, que teve início com a chegada do comboio, às 7 horas, só terminou às 16 horas, com a entrada forçada pela PM.

Durante todo o dia, os detentos ficaram na rua, algemados em dupla, aguardando as negociações entre os grevistas e a direção do CDP. Eles foram retirados do veículo depois que alguns presos passaram mal em razão do calor e do abafamento. Um deles chegou a vomitar.

Muitos sentaram ao meio-fio da calçada, enquanto outros chegaram a se deitar no canteiro central da via pública, sob a escolta dos policiais. O almoço foi improvisado: as 'quentinhas' foram distribuídas e os detentos comeram ali mesmo, sentados na rua.

Os agentes, em greve por salários e melhores condições de trabalho, passaram a noite no local e, à chegada do comboio, fizeram uma barreira humana no portão do CDP.

Na segunda-feira, 17, um grupo de detentos já havia sido impedido de adentrar a unidade por causa da greve, mas acabou sendo levado de volta para a cadeia de São Roque.

Na quarta-feira, 19, depois de visitar a prisão, o juiz corregedor Flávio Roberto de Carvalho proibiu o ingresso de novos presos na unidade.

Com capacidade para 30 detentos, a cadeia estava com mais de 80. De acordo com a Polícia Civil, a superlotação decorre da greve dos agentes que impede a transferência de presos para os CDPs da região.

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