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Polícia apura de onde veio bala que feriu outro ativista

Este é o segundo caso de manifestante baleado desde o início das manifestações, em junho


	Protesto: "Tudo leva a crer que o tiro foi disparado à distância, pois chegou a ficar alojado na jaqueta. Se fosse de perto, o ferimento seria muito mais grave", afirmou inspetor
 (Fernando Frazão/ABr)

Protesto: "Tudo leva a crer que o tiro foi disparado à distância, pois chegou a ficar alojado na jaqueta. Se fosse de perto, o ferimento seria muito mais grave", afirmou inspetor (Fernando Frazão/ABr)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2013 às 17h58.

Rio - A Polícia Civil do Rio instaurou inquérito para apurar as circunstâncias em que o agente de saúde pública Rafael Santana Santos, de 24 anos, foi atingido por um tiro de arma de fogo no ombro, enquanto participava do protesto em apoio à greve dos professores da rede municipal que terminou em vandalismo, no centro da capital fluminense, na noite desta terça-feira, 15.

Este é o segundo caso de manifestante baleado desde o início das manifestações, em junho. O primeiro caso foi do estudante Rodrigo Gonçalves Azoubel, de 18 anos, atingido nos dois antebraços também nesta terça-feira.

Em depoimento na 5ª Delegacia de Polícia (Lapa) na noite desta quarta-feira, 16, Santos afirmou que estava na Avenida Rio Branco, nas proximidades do Clube Militar, quando sentiu um impacto no ombro que o jogou para trás, entre 21 e 22 horas. Ao tirar a jaqueta, o rapaz percebeu que sangrava. O projétil ficou alojado na jaqueta e foi apresentado na delegacia. A bala foi encaminhada à perícia para determinar de qual arma foi disparada.

No entanto, de acordo com investigadores, aparenta ser de pistola calibre 40. Imagens de câmeras de segurança nas proximidades do local serão usadas para se tentar identificar o atirador. "Tudo leva a crer que o tiro foi disparado à distância, pois chegou a ficar alojado na jaqueta. Se fosse de perto, o ferimento seria muito mais grave", afirmou um inspetor.

O caso foi registrado na 5ª DP como lesão corporal. Santos disse ainda que não ouviu nenhum estampido de disparo de arma de fogo, e não sabe de onde pode ter partido o tiro. Ao perceber que estava ferido, o rapaz foi por meios próprios ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro, de onde recebeu alta no mesmo dia.

A 5ª DP também investigará de onde partiu o tiro que atingiu Azoubel, por volta das 20h30 de terça-feira, após o protesto dos professores, no centro. Inicialmente, o caso estava na 15ª DP (Gávea), responsável pela região onde fica a Clínica São Vicente, onde a vítima foi operada. O jovem já está num quarto e, de acordo com boletim médico divulgado nesta quarta-feira pela unidade particular, deve ficar internado por mais uma semana.

Ele estava na Rua Santa Luzia, perto da Cinelândia. O rapaz teve fratura exposta nos dois antebraços. Azoubel disse ao delegado Orlando Zaccone, da 15ª DP, que não sabe de onde partiu a bala que o feriu. Sequer soube afirmar se foi atingido por um ou dois tiros. O rapaz é filho de uma diretora de TV e de um funcionário do Ministério da Cultura.

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