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Polícia apreende 2,5 t de palmito da Mata Atlântica

O produto, acondicionado em vidros e pronto para o consumo, havia sido retirado da palmeira juçara, espécie fundamental para o ecossistema dessa floresta


	Mata Atlântica: para obter essa quantidade de palmito, foi necessária a derrubada de pelo menos três mil palmeiras, segundo a Polícia Ambiental
 (Foto/Wikimedia Commons)

Mata Atlântica: para obter essa quantidade de palmito, foi necessária a derrubada de pelo menos três mil palmeiras, segundo a Polícia Ambiental (Foto/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2014 às 15h57.

Sorocaba - A Polícia Ambiental apreendeu 2,5 toneladas de palmito extraído ilegalmente da Mata Atlântica, nesta segunda-feira, 24, em Piedade, região de Sorocaba (SP).

O produto, acondicionado em vidros e pronto para o consumo, havia sido retirado da palmeira juçara, espécie fundamental para o ecossistema dessa floresta, mas em processo de extinção.

Para obter essa quantidade de palmito, foi necessária a derrubada de pelo menos três mil palmeiras, segundo a Polícia Ambiental.

Os policiais acreditam que os palmiteiros invadiram unidades de conservação com essa floresta, como os parques estaduais do Vale do Ribeira, para ter acesso a um número significativo de palmeiras.

Fora das reservas a palmeira já é rara. O caminhão que transportava a carga de palmitos - 2,4 mil vidros do produto embalado - foi abordado no km 121 da rodovia Santos Dumont (SP-79), entre Piedade e Votorantim, após uma denúncia anônima.

O motorista, que se negou a informar a origem da carga, foi levado à Delegacia de Polícia e autuado por crime ambiental. Ele vai responder ao processo em liberdade.

Em janeiro, a Polícia Ambiental já havia apreendido 250 quilos de palmito embalado em Tapiraí, na mesma região.

A palmeira juçara, que leva de sete a dez anos para frutificar, está no topo da cadeia alimentar de uma vasta fauna da Mata Atlântica que se torna ameaçada com a redução na população de plantas.

Além da extração do palmito ser crime ambiental, seu preparo de forma clandestina acarreta o risco de doenças, como o botulismo.

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