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PMDB diz desconhecer teor da investigação da Operação Carne Fraca

O partido é acusado de ter recebido propina do esquema de corrupção envolvendo fiscais, políticos, lobistas, e os maiores frigoríficos do país

Polícia Federal: uma das lideranças do PMDB, o atual ministro da Justiça, Osmar Serraglio (PMDB/PR), foi citado pela Polícia Federal no âmbito dessa operação (Ueslei Marcelino/Reuters)

Polícia Federal: uma das lideranças do PMDB, o atual ministro da Justiça, Osmar Serraglio (PMDB/PR), foi citado pela Polícia Federal no âmbito dessa operação (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de março de 2017 às 12h49.

São Paulo - Citado pelo delegado da Polícia Federal Maurício Moscardi Grillo como um dos partidos que teria sido abastecido, ao lado do PP, de parte da propina arrecadada pelo esquema de corrupção envolvendo fiscais, políticos, lobistas, funcionários públicos e os maiores frigoríficos do País, o PMDB informou que desconhece o teor da investigação e não autoriza ninguém a falar em nome do partido.

Em coletiva ocorrida nesta sexta-feira, 17, para detalhar a Operação Carne Fraca, o delegado Maurício Grillo destacou: "Dentro da investigação ficava bem claro que uma parte do dinheiro da propina era, sim, revertido para partido político. E, ao longo das investigações, dois partidos ficavam claros: o PP e o PMDB."

Uma das lideranças do PMDB, o atual ministro da Justiça, Osmar Serraglio (PMDB/PR), foi citado pela Polícia Federal no âmbito dessa operação.

Isso porque ele foi pego em um grampo conversando com um dos líderes e alvo do esquema criminoso que deflagrou a ação, o fiscal agropecuário Daniel Gonçalves Filho.

Na época, Serraglio era deputado federal. Apesar de ter sido mencionado pela PF, o ministro não está no foco dessas investigações, em razão de não ter se detectado nenhuma espécie de delito cometido por ele.

Mas, por precaução, o seu nome e de outros políticos foram encaminhados ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

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