Augusto Nardes e outros ministros do TCU: a ideia é que o escolhido para a relatoria estique os prazos para que o julgamento das contas só ocorra em 2016 e que, de preferência, elabore um relatório favorável ao governo (Valter Campanato/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 15 de outubro de 2015 às 10h51.
Brasília - O governo busca com a cúpula do PMDB no Senado um nome "seguro" para relatar as contas da presidente Dilma Rousseff de 2014, que foram rejeitadas na semana passada pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
A ideia é que o escolhido atue para esticar os prazos de modo que o julgamento das contas só ocorra em 2016 e que, de preferência, elabore um relatório favorável ao governo. Com isso, esfriaria o movimento pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Por ora, quatro nomes circulam na Casa como possíveis relatores: Acir Gurgazc (PDT-RO), João Alberto (PMDB-MA), Raimundo de Lira (PMDB-PB) e o da presidente da Comissão Mista do Orçamento, Rose de Freitas (PMDB-ES). Responsável pela indicação, ela poderia avocar para si a relatoria.
Rose já sondou Raimundo de Lira para o cargo. Ele é suplente do ministro do TCU Vital do Rêgo e também seu colega de bancada. A interlocutores, o senador tem dito que ainda não houve um convite oficial e que também não tem decisão formada.
Por sua vez, integrantes da bancada do PT têm defendido a indicação do líder do PDT, senador Acir Gurgazc (PDT-RO), considerado uma pessoa não tão próxima ao governo, mas também que não irá cometer "nenhuma loucura".
No entanto, a cúpula do PMDB no Senado se ressente de ele ter apoiado o senador Luiz Henrique (PMDB-SC), falecido neste ano, na disputa contra Renan Calheiros (PMDB-AL) para a presidência da Casa no início deste ano.
O nome do senador João Alberto (PMDB-MA), próximo ao ex-presidente José Sarney, também tem sido lembrado para a missão.