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PM do Rio quer usar balões para monitoramento

Valor do investimento e quantidade de equipamentos a ser adquirida não foram definidos, mas previsão é que eles entrem em funcionamento em 2014


	Policial militar do Rio de Janeiro na comunidade da Rocinha: balões foram pensados como vantagem para o Bope durante incursões em favelas
 (Tânia Rêgo/ABr)

Policial militar do Rio de Janeiro na comunidade da Rocinha: balões foram pensados como vantagem para o Bope durante incursões em favelas (Tânia Rêgo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2012 às 19h12.

Rio - A Polícia Militar do Rio de Janeiro pretende adotar um novo recurso para auxiliar nas operações policiais em áreas de conflito e em grandes eventos: o uso de balões de monitoramento com capacidade de captação de imagens durante as ações estratégicas. Neste mês, serão realizados os testes em modelos de duas empresas, uma israelense e outra nacional. A expectativa é de que os equipamentos entrem em funcionamento em 2014.

De acordo com o tenente-coronel Márcio Costa Lima, chefe do Centro de Controle Operacional da PM, os primeiros estudos para implantação desse tipo de monitoramento foram feitos em 2009, quando se começou a pensar em um suporte tecnológico ao Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), de forma a obter vantagem tática no terreno durante as incursões nas favelas cariocas.

"Inicialmente pensamos no Vant (veículo aéreo não tripulado), de fácil manuseio e lançamento, mas a legislação não contempla sua utilização em áreas urbanas. Partimos então para a ideia do balão quando vimos que não quebraríamos resistências operacionais envolvendo a legislação e as necessidades práticas da PM", disse o tenente-coronel.

Para Lima, o balão só perde para o Vant em termos de mobilidade, já que, por ser estacionário, não possui amplitude de observação para monitorar objetos em movimento.

Com dimensões entre 1,8 e 4 metros de diâmetro, os balões ficarão a uma distância de 500 metros a 1 quilômetro da área a ser observada, e a uma altura de 100 a 150 metros (o equivalente a um prédio de 30 andares). As imagens são transmitidas para um centro de controle por meio do cabo que prende o equipamento ao solo. Para permitir o uso em operações noturnas, as câmeras de vigilância serão equipadas com sensores térmicos.

Ainda não há dimensionamento sobre a quantidade de balões a serem adquiridos, nem o valor do investimento. "Vamos tentar conciliar o equipamento mais leve com a melhor câmera de observação possível para garantir uma imagem com nitidez e qualidade. Não posso confundir uma vassoura com um fuzil."

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