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PM afirma ter feito entrega em dinheiro a amigo de Temer, diz Folha

A informação consta de depoimento mantido em sigilo, prestado à Polícia Federal em 28 de março, segundo o jornal

Presidente Michel Temer no Palácio do Planalto (Ueslei Marcelino/Reuters) (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Reuters

Publicado em 6 de maio de 2018 às 11h40.

São Paulo - O policial militar Abel de Queiroz disse ter ido ao menos duas vezes ao escritório do advogado José Yunes, amigo próximo do presidente Michel Temer , para fazer entregas de dinheiro entre 2013 e 2015, informou o jornal Folha de S.Paulo, neste domingo.

A informação consta de depoimento mantido em sigilo, prestado à Polícia Federal em 28 de março, segundo o jornal.

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O motorista trabalhava como motorista da Transnacional, firma de transporte de valores contratada por empresas alvos da operação Lava Jato, entre elas a Odebrecht.

Queiroz falou como testemunha no inquérito que apura pagamentos, pela empreiteira, de 10 milhões de reais a campanhas do MDB, supostamente acertados com Temer no Palácio do Jaburu, em 2014, informou o jornal.

Os investigadores estiveram no escritório de Yunes com Queiroz, que disse ter estado lá em pelo menos duas oportunidades.

OUTRO LADO

O advogado de Yunes, José Luís de Oliveira Lima, afirmou em nota ao jornal que seu cliente, "com mais de 50 anos de advocacia, jamais se prestou a desempenhar o papel de intermediário".

O advogado de Temer, Brian Alves Prado, afirmou que a defesa do presidente não teve acesso ao depoimento e que, por isso, não poderá se pronunciar sobre o assunto.

Em fevereiro do ano passado, Temer afirmou em nota que pediu "auxílio formal e oficial" à Odebrecht na campanha de 2014, mas ressaltou que não autorizou ou solicitou que "nada fosse feito sem amparo nas regras da Lei Eleitoral".

O jornal disse que não localizou representantes da Transnacional.

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