Dilma e Obama durante encontro do G20: a tensão com os EUA colocou sob ameaça a visita de Estado de Dilma a Washington, agendada para outubro (Sergei Karpukhin/Reuters)
Da Redação
Publicado em 7 de setembro de 2013 às 15h39.
BRASÍLIA - Os planos para a viagem da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos em outubro permanecem inalterados, ao menos por ora, apesar da denúncia de que agência de inteligência norte-americana espionou as comunicações da presidente, afirmou neste sábado o secretário-geral da Presidência, ministro Gilberto Carvalho.
"Por enquanto não há nenhuma mudança nos planos dessa visita. Mas, insisto, isso será manifestado pela presidenta a tempo e a hora", disse o ministro a jornalistas, após acompanhar o desfile cívico em comemoração ao Dia da Independência, em Brasília.
A denúncia de espionagem foi divulgada por reportagem exibida no domingo pelo programa "Fantástico", da TV Globo, com base em documentos vazados pelo ex-prestador de serviço da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) Edward Snowden. Segundo o programa, a NSA teria espionado emails, telefonemas e mensagens de texto de Dilma.
A tensão com os EUA colocou sob ameaça a visita de Estado de Dilma a Washington, agendada para outubro. Na sexta-feira, Dilma não deu garantias de que a viagem está mantida e disse que isso depende "de condições políticas" que precisam ser restabelecidas pelo governo norte-americano.
A viagem de uma equipe responsável por preparar a visita de Estado a Washington foi cancelada por Dilma após a denúncia.
O presidente dos EUA, Barack Obama, que encontrou-se com Dilma à margem da reunião de cúpula do G20 na Rússia na quinta-feira, afirmou que daria uma resposta formal ao Brasil até quarta-feira sobre a denúncia e prometeu assumir a responsabilidade pela apuração do caso.