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Planalto rebate Janot e diz que "não houve confissão nenhuma"

O procurador disse que o presidente Michel Temer teria feito uma "confissão espontânea" durante os pronunciamentos públicos realizados

Michel Temer: "Não houve confissão alguma. O presidente apenas confirmou um fato que ocorreu, no qual não houve qualquer ilicitude ou ilegalidade" (Igo Estrela/Getty Images)

Michel Temer: "Não houve confissão alguma. O presidente apenas confirmou um fato que ocorreu, no qual não houve qualquer ilicitude ou ilegalidade" (Igo Estrela/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de maio de 2017 às 20h25.

Brasília - O Palácio do Planalto rebateu na noites desta sexta-feira, 26, as afirmações do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, de que o presidente Michel Temer teria feito uma "confissão espontânea" durante os pronunciamentos públicos realizados, após o escândalo das gravações com Joesley Batista vir à tona, ao admitir o encontro, à noite, com o executivo no Palácio do Jaburu.

"Não houve confissão alguma. O presidente apenas confirmou um fato que ocorreu, no qual não houve qualquer ilicitude ou ilegalidade. Não há o que esconder", afirmou a Secretaria de Comunicação da Presidência, após ser questionada pela reportagem.

Segundo Janot, que pediu autorização ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), para tomar o quanto antes o depoimento de Temer, do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) e do deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) no curso inquérito aberto contra os três a partir da delação da JBS, "em que pese Michel Temer alegar ilicitude da gravação e questionar a integridade técnica desta, cumpre ressaltar que, em pronunciamentos recentes, o presidente da República não negou o encontro nem diálogo noturno e secreto com o colaborador Joesley Batista, tampouco nega que o colaborador tenha lhe confessado fatos criminosos graves, o que demandaria, no mínimo, comunicação de tais crimes as autoridades competentes", afirmou.

Janot interpretou que, nos pronunciamentos de Temer, houve "confissão no sentido de que os interlocutores dialogaram sobre possível corrupção de agentes públicos".

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