Além do partido de Lira, União Brasil, PSDB, Cidadania, Solidariedade, Patriota, Avante, PSB e PDT irão fazer parte (Lula Marques/Agência Brasil)
Reporter colaborador, em Brasília
Publicado em 2 de maio de 2023 às 18h06.
Mesmo após convocar sessão para votação do projeto de lei das Fake News, nesta terça-feira, 2, às 18h, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que, caso não haja garantia de votos, não colocará o texto em votação.
“Não tenho uma realidade do número de votos, do placar desse projeto. Os líderes ficaram de conversar com seus deputados. Se não tiver, meu intuito é que não vote hoje”, afirmou.
Ao ser questionado se adiar a votação poderia enterrar o projeto, Lira respondeu que não. “O que enterra é a derrota”, defendeu.
Líderes partidários também têm a percepção de que o texto deve encontrar resistência no plenário.
Segundo o líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu, a votação deve ser apertada. Em suas contas, o projeto deve ter entre 220 e 260 votos. “Ou vota hoje ou amanhã, caso contrário não vota mais. Esse é o clima senti na reunião”, disse o petista.
O vice-líder da maioria e do bloco parlamentar liderado pelo MDB, Gustinho Ribeiro (Republicanos- SE), disse a jornalistas que a preferência entre os parlamentares da centro direita é que a votação seja adiada para construir um texto de consenso.
“Ninguém quer que libere Fake News, mas é preciso discutir mais para termos um texto mais equilibrado. Mas vai ser colocado em votação hoje”, afirmou.
O texto será votado por maioria simples. Serão necessários 257 parlamentares presentes na votação. A maioria de votos entre esses parlamentares será necessária para aprovar a proposta.
A proposta tem enfrentado residência de partido de oposição, e principalmente da bancada evangélica.