PL da privatização dos Correios já está pronto para votação, diz governo
Parecer do relator deve ser finalizado nesta quinta, dia 8; no início da semana que vem, texto segue para aprovação no Congresso
Carla Aranha
Publicado em 8 de julho de 2021 às 18h55.
Última atualização em 8 de julho de 2021 às 18h56.
O processo de privatização dos Correios deve dar mais um salto nos próximos dias. Segundo fontes do Ministério da Economia, o projeto de lei 591/21, que trata da desestatização da empresa, está pronto para ser votado. Em conversas nos bastidores, autoridades da pasta e de outras instâncias governamentais afirmam que o deputado Gil Cutrim (Republicanos-MA), relator do PL, deve finalizar nesta quinta, dia 8, seu parecer. Em seguida, o texto segue para votação na Câmara.
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Cutrim não revelou se de fato incluiu no texto que será apresentado aos parlamentares a proposta de vender integralmente os Correios. Diogo Mac Cord, secretário de desestatização do Ministério da Economia, disse no início desta semana que a empresa deverá ser vendida a um único comprador.
O projeto de lei, também chamado de marco regulatório do setor postal, abre caminho para a privatização dos Correios ao acabar com o monopólio da estatal. Alguns pontos, no entanto, deverão ser discutidos no Congresso, como o modelo de venda da estatal. Também está em pauta a decisão se algum parte do serviço continuará a cargo do governo.
Essas definições serão importantes inclusive para definir o valutation da companhia. O governo vem mantendo conversas com empresas e investidores a princípio interessados no negócio, como marketplaces e grandes empresas de logística.
Ao mesmo tempo, o BNDES e o consórcio Carta Brasil, formado pela consultoria KPMG e a Manesco, Ramires e Perez Azevedo Marques Advogados, deve bater o martelo sobre o ativo e o passivo dos Correios até setembro. Concomitantemente, será anunciado o valor de venda da empresa ao mercado. Um dos maiores atrativos da empresa é sua capilaridade. Do lado negativo, pesa o passivo de 14 bilhões de reais, segundo dados do Ministério da Economia.