Pimentel evita analisar causas do desabamento em MG
"Não existe nem investigação aberta. Esse acidente tem que serem apuradas as causas", disse candidato ao governo de Minas
Da Redação
Publicado em 4 de julho de 2014 às 17h42.
Belo Horizonte - Ex-aliado do prefeito de Belo Horizonte , Marcio Lacerda (PSB), o candidato do PT ao governo de Minas, o ex-ministro Fernando Pimentel , evitou fazer avaliações sobre as responsabilidades pelo desabamento do Viaduto Guararapes, ocorrido na quinta-feira, 3, na capital mineira.
O petista foi um dos padrinhos políticos da primeira candidatura de Lacerda ao Executivo municipal, em 2008, ao lado do então governador e atual senador Aécio Neves (PSDB-MG), e nesta sexta, 4, poupou o ex-aliado de qualquer crítica em relação ao colapso da estrutura, que causou as mortes de duas pessoas e deixou 22 pessoas feridas - sendo que apenas uma continuava internada na tarde de hoje.
"Imagina! Ninguém pode dizer uma coisa dessas", declarou o candidato, ao ser perguntado se acreditava na responsabilidade da administração de Lacerda pelo acidente.
"Não existe nem investigação aberta. Esse acidente tem que serem apuradas as causas. Não vou ser leviano e dizer que a culpa é de fulano ou sicrano. A única coisa que quero dizer é externar minha solidariedade e minha dor às famílias atingidas. Esse momento é de externar nossa solidariedade, carinho com as vítimas e as famílias. É um momento de luto, de dor. Vamos superar isso", disse.
Questionado sobre a possibilidade de ter havido pressa para conclusão da obra, que inicialmente era prevista para ser inaugurada antes da Copa do Mundo e deveria ser concluída nas próximas semanas, Pimentel salientou que não tem "nenhum dado para dizer".
"Não sei se houve pressa. Esse tipo de consideração nesse momento é leviano. Não há nenhuma investigação séria, profunda, para dizer quais são as causas. A gente não deve reproduzir informações apressadas. É perigoso isso. Não é hora de ficar fazendo ilações, como começo a ver, principalmente associando um acidente em uma obra de engenharia com a Copa do Mundo. Não tem nada a ver uma coisa com a outra", concluiu.