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PGR pede que STF rejeite recurso que pode libertar Lula

Lula havia apresentado ação para tentar reverter decisão de remeter pedido de liberdade do petista para julgamento no plenário, em vez da 2ª Turma

Lula: aliados do petista consideram que na 2ª Turma o ex-presidente teria mais condições de ser colocado em liberdade (Ueslei Marcelino/Reuters)

Lula: aliados do petista consideram que na 2ª Turma o ex-presidente teria mais condições de ser colocado em liberdade (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 31 de julho de 2018 às 18h56.

Última atualização em 31 de julho de 2018 às 19h25.

Brasília - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, manifestou-se nesta terça-feira contra o pedido feito pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que um recurso que pode garantir a liberdade do petista seja julgado pela 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), numa petição de 80 páginas recheada de comentários de "reprovação" à conduta dele.

No fim de junho, Lula havia apresentado uma nova ação ao STF para tentar reverter a decisão do ministro Edson Fachin, relator do recurso, de remeter o pedido de liberdade do petista para julgamento no plenário, em vez da 2ª Turma da corte.

Aliados do petista consideram que na 2ª Turma o ex-presidente teria mais condições de ser colocado em liberdade. Ele está preso desde abril, cumprindo pena após condenação por corrupção e lavagem de dinheiro no processo do tríplex do Guarujá (SP).

Dodge rebateu ponto a ponto os argumentos da defesa do ex-presidente para permitir que o STF conceda uma liminar para ele ficar em liberdade até que o recurso que questiona o mérito da condenação do petista no caso do tríplex seja apreciado pelo Supremo.

A intenção de aliados de Lula é que, com uma liminar, ele possa concorrer novamente ao Palácio do Planalto --o petista lidera as pesquisas de intenção de voto à Presidência.

A procuradora-geral defende a manutenção da pena de prisão de 12 anos e 1 mês imposta ao petista e cita a conduta do ex-presidente. Destaca ainda que ele teve atuação comprometida com interesses particulares, o que levou ao esquema ilícito assumir as proporções que teve.

"Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito para o mais alto cargo do Executivo Federal com um ferrenho discurso anticorrupção, alardeando sua honestidade e prometendo combate aos dilapidadores dos cofres públicos. Elegeu-se em virtude de sua retórica de probidade e retidão. Tais fatos elevam sobremaneira o grau de censurabilidade da conduta do recorrente e devem ser punidos à altura", disse.

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